Ex-primeira-dama Marisa Letícia piora e volta ao coma induzido; médicos dizem que quadro é gravíssimo

marisa_leticia_1001

Depois de um boletim médico, divulgado na tarde desta quarta-feira (1), que trouxe informações minimamente positivas acerca do estado de saúde de Marisa Letícia Lula da Silva, um novo comunicado do Hospital Sírio-Libanês, divulgado por volta das 21 horas, ressalta que a situação da ex-primeira-dama é gravíssima. De acordo com os médicos que atendem a esposa do ex-presidente Lula, “as duas últimas horas [19h às 21h] foram dramáticas”.

A equipe médica informou que o cérebro de Marisa Letícia, que sofreu um Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico (AVCH) no último dia 24, apresentou inchaço. Ao longo desta quarta-feira foram diagnosticados vários vasoespasmos, quando a artéria fecha-se e impede o fluxo sanguíneo na região.

Havia uma expectativa por parte dos médicos de melhora de Dona Marisa, tanto que estava programada uma redução lenta e contínua da sedação para checar como ela reagiria após deixar o coma induzido. Diante do agravamento do quadro, a equipe optou novamente pelo coma induzido.


Quase que simultaneamente à divulgação do primeiro boletim médico desta quarta, Marisa Letícia começou a sofrer anisocoria, quando as pupilas passam a apresentar tamanho desigual, uma espécie de dilatação descoordenada. Essa desigualdade no tamanho das pupilas geralmente é provocada por traumas cerebrais. Isso significa que Dona Marisa pode ter entrado no quadro chamado de “morte cerebral”.

A ex-primeira-dama teve diagnosticado há dez anos, aproximadamente, um aneurisma cerebral, mas na ocasião os médicos recomendaram apenas acompanhamento clínico, descartando a necessidade de intervenção cirúrgica.

No dia 24 de janeiro, terça-feira, Dona Marisa sofreu um AVCH provocado pelo rompimento do aneurisma. A esposa de Lula foi inicialmente levada ao Hospital Assunção, em São Bernardo do Campo, no Grande ABC, onde foi detectado o sangramento cerebral. Em seguida foi transferida para o Hospital Sírio-Libanês, na região central da capita paulista, onde desde então está sob os cuidados de uma equipe coordenada pelo cardiologista Roberto Kalil Filho, médico da família Lula da Silva.

apoio_04