Sem fluxo cerebral, quadro de Marisa Letícia é irreversível; família autoriza doação de órgãos

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Divulgado na manhã desta quinta-feira (2), o mais recente boletim médico sobre o estado de saúde de Marisa Letícia Lula da Silva destaca que, após realização de exame (Doppler transcraniano), foi constada ausência de fluxo cerebral.

No começo da tarde da quarta-feira, o cardiologista Roberto Kalil Filho, médico da família Lula da Silva, disse aos jornalistas que Dona Marisa apresentara alguma melhora, mas a suspensão da sedação mostrou que a esposa do ex-presidente da República não reagiu bem ao procedimento, tendo apresentado aumento da pressão intracraniana e do edema cerebral.

Após as declarações de Kalil Filho, a ex-primeira-dama passou a apresentar quadro de anisocoria, quando as pupilas apresentam tamanho desigual, uma espécie de dilatação descoordenada. Essa desigualdade no tamanho das pupilas geralmente é provocada por traumas cerebrais. Esse cenário aponta para a morte cerebral do paciente.


Logo após Marisa Letícia chegar ao Hospital Sírio-Libanês, onde está internada desde o último dia 24 de janeiro, e ser submetida a procedimentos de emergência, os médicos afirmaram que as primeiras 72 horas seriam cruciais e permitiriam avaliar o quadro. Com o prazo expirado, as informações sobre a esposa de Lula começaram a rarear. O que apontava para uma sensível piora da ex-primeira-dama, o que foi confirmado nos primeiros minutos desta quinta-feira, quando Kalil Filho afirmou que a situação era gravíssima e irreversível.

O ex-presidente Lula e os filhos passaram a madrugada nos Sírio-Libanês e pela manhã autorizaram a doação de órgãos de Dona Marisa. No caso de ser confirmada a informação de que ela sofreu uma parada cardíaca, é preciso reavaliar a possibilidade de doação de órgãos.

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