Movido pela estupidez, Donald Trump sofre nova derrota no caso do absurdo veto migratório

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Sofrendo de histrionismo incurável, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, continua protagonizando espetáculos pífios como se fosse o dono do universo. Confundindo a Casa Branca com o estúdio de gravação do reality show Aprendiz, que ancorou durante algum tempo, Trump começa a colecionar reveses na Justiça por causa da estúpida decisão de barrar imigrantes.

Em Los Angeles, o juiz federal Andre Birotte Jr. determinou que o governo norte-americano permita a entrada no país de imigrantes dos sete países majoritariamente muçulmanos que foram alvo do veto migratório assinado por Donald na última sexta-feira (27). A decisão vale para os imigrantes que têm autorização para residir legalmente nos EUA

Birotte acompanha decisões de juízes federais de outros quatro estados que também limitaram o decreto presidencial de Trump. Em decisão liminar, o juiz federal de Los Angeles ordenou que as autoridades devem parar de “remover, deter ou bloquear a entrada de demandantes ou qualquer outra pessoa com um visto de imigrante válido” provenientes de um dos sete países que constam no absurdo veto migratório – Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen.

A decisão de Birotte não é válida para turistas, estudantes ou pessoas que viajam a negócios sem visto de imigrantes. O Departamento de Justiça dos EUA está revendo a ordem e informou que por enquanto não comentará a decisão judicial, que deve ser cumprida imediatamente.

De acordo com o Departamento de Estado americano, vistos de imigrantes são o primeiro passo para se tornar um residente permanente dentro da lei, ou seja, um portador do chamado green card.


O juiz expediu ordem judicial que proíbe o governo dos EUA de impedir a entrada no país de 28 de iemenitas com vistos válidos. O magistrado acolheu petição da advogada de imigração Julie Goldberg – e de seu sócio Daniel Covarrubias-Klein – em nome dos iemenitas que ficaram retidos na minúscula nação africana do Djibuti em trânsito para os EUA, após a edição do decreto pelo descontrolado Donald Trump.

Alguns dos iemenitas têm também a cidadania norte-americana e possuem green card. Ou seja, o presidente dos EUA continua acreditando que pode agir como nos tempos de reality show, humilhava e defenestrava os participantes. A sentença de Birotte soma-se a outras similares de juízes de Nova York, Virgínia e Washington.

Entre os prejudicados pela medida está uma família na qual o pai, a mãe e uma filha já são cidadãos americanos, mas um filho de apenas três anos, que tenta obter o visto, teve seu passaporte apreendido na embaixada dos EUA no Djibuti. A advogada Julie Goldberg disse que 214 clientes iemenitas afetados pela ordem executiva de Trump estão retidos, sem poder voltar a país de origem, que está em guerra.

Dono de magistral incoerência, Donald Trump finge desconhecer que se essa medida fosse válida desde sempre, ele próprio sequer teria nascido nos Estados Unidos. De origem alemã, a família Trump é de imigrantes.

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