Acusada de corrupção por delatores do Petrolão e ré na Lava-Jato, Gleisi pode assumir o comando do PT

Desesperado diante da possibilidade de não conseguir conter a desidratação política, reflexo dos muitos escândalos de corrupção em que foi protagonista, o Partido dos Trabalhadores poderá optar, em breve, por uma solução caseira para tentar salvar a legenda. Com os principais “companheiros” envolvidos em casos de corrupção, em especial o Petrolão, o PT poderá escolher Gleisi Helena Hoffmann para presidir o partido.

Ré por corrupção no âmbito da Operação Lava-Jato, alvo de pelo menos três operações da Polícia Federal – todas investigam casos de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa – e acusada por sete delatores de ter embolsado R$ 1 milhão em propina do Petrolão, Gleisi é o fiel retrato do que sobrou do partido que um dia ousou afirmar ser a derradeira solução para o Brasil.

Quem dá a notícia é o insuspeito portal petista “Brasil 247”, que chega às minúcias e explica: “Com a resistência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em assumir a presidência do Partido dos Trabalhadores, o nome que está sendo discutido nos bastidores é o da senadora Gleisi Hoffmann (PR)”.

Gleisi, que na quarta-feira de Cinzas (1) esteve em Laranjeiras do Sul, no interior paranaense, visitando e prestando solidariedade a uma militante do MST que é acusada de integrar quadrilha de sem-terra – que se dedica ao roubo, incêndio, lesão corporal, cárcere privado –, aparentemente tem o “pedrigree” necessário para presidir o PT, partido que desde a chegada ao poder central dedicou-se ao banditismo político e foi comparado a uma organização criminosa.


De acordo com o “247”, a senadora tem chances de assumir o comando nacional do PT, o que seria uma espécie pá de cal na sepultura do partido. Ela é “integrante da corrente majoritária Construindo um Novo Brasil (CNB), Gleisi dialoga bem com todas as alas do partido e poderá representar a unidade que o PT procura, além de representar a eleição da primeira mulher na presidência do partido”, destaca o noticioso petista.

Sempre pronta para discursos moralistas e enfadonhos, Gleisi terá de mostrar coerência caso chegue à presidência do PT. Seguindo as normas da legenda, a senadora paranaense terá de expulsar do partido alguns “companheiros” condenados pela Justiça na esfera criminal. O primeiro deles é o pedófilo Eduardo Gaeivski, que inexplicavelmente chegou ao posto de assessor especial da Casa Civil à época em que Gleisi comandava a pasta.

Gaievski, o protegido de Gleisi, foi condenado a mais de cem anos de prisão por estupro de vulneráveis (menores de 14 anos), tendo praticado sexo oral com uma criança de cinco anos. Mesmo assim, a então ministra incumbiu-o de cuidar dos programas federais destinados a crianças e adolescentes, no melhor estilo “raposa tomando conta do galinheiro”.

Em suma, para quem torce pelo fim do PT, o partido que turbinou a corrupção no Brasil, Gleisi Helena é o caminho mais curto para a implosão do partido. Até porque, dentro de mais alguns meses a senadora não terá condições de estar à frente da legenda por conta da aguardada condenação no vácuo da Lava-Jato. Ou seja, Gleisi e o PT nasceram um para o outro.

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