Polícia suspeita que briga entre torcidas organizadas motivou morte do fundador da Mancha Verde

A Polícia Civil de São Paulo trabalha com a tese de briga de torcidas organizadas como a principal linha de investigação para elucidar o assassinato de Moacir Bianchi, do fundador da Mancha Alviverde, ligada ao Palmeiras.

Alvo de uma emboscada, na última quarta-feira (1), em avenida no bairro do Ipiranga, na Zona Sul da capital paulista, Bianchi foi atingido por dezesseis tiros. O crime levou a Mancha Alviverde (sucessora da Mancha Verde) a publicar no Facebook, na tarde de quinta-feira, um comunicado informando o encerramento das atividades por tempo indeterminado.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Nilton Montoro, do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), as características do crime sugerem relação com brigas de torcidas organizadas.


“Deve estar mais ligado com torcida, mesmo, até pelas condições do crime. Mas ainda não temos certeza”, disse. “Estamos checando informações. Me parece que anteriormente houve conflitos dentro da própria torcida antes do crime”, afirmou o delegado.

Dois carros participaram do crime ocorrido na Avenida Presidente Wilson. O primeiro, um táxi, fechou o veículo de Bianchi. O segundo veículo tinha com duas pessoas, sendo que uma delas desceu e disparou contra Moacir Bianchi. O crime aconteceu por volta das 2h da manhã e foi registrado por câmeras de segurança de empresas da região.

“Algumas empresas vão providenciar imagens, tanto da rua do crime, como de outras. Vamos ver se até segunda-feira conseguimos todas essas provas. Ainda é muito cedo”, explicou Montoro. A vítima foi atingida com tiros no abdômen, pescoço, ombro, rosto, braços e perna. No total foram 22 perfurações.

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