“Greve de sexo” sugerida por Gleisi transforma senadora em alvo de piadas nas redes sociais

A proposta de uma “greve do sexo” – ou “abstenção sexual” – para marcar o Dia Internacional da Mulher, comemorado neste 8 de março, transformou a senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR) em tema de piadas e chistes nas redes sociais. O humor dos internautas oscilou entre menções mais comportadas sobre a suposta ‘abstenção’ de Gleisi e comentários mais pesados e impublicáveis.

Não faltou quem lembrasse que, em matéria de sexo e direitos das mulheres, a senadora tem muito a explicar. Em 2013, na condição de ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi indicou um pedófilo, que posteriormente seria condenado a mais de cem anos de prisão, para cargo de assessor especial da pasta.

Eduardo Gaievski, o monstro da Casa Civil e protegido da senadora, foi incumbido pela então ministra de cuidar das políticas do governo federal para crianças e adolescentes. Ou seja, Gleisi não pensou muito para colocar a “raposa tomando conta do galinheiro”. Gaievski, que acabou procurado pela polícia dentro do próprio Palácio do Planalto e está preso na penitenciária de Francisco Beltrão, no interior do Paraná, foi condenado pelo estupro de vulneráveis (menores de 14 anos).


O pedófilo, que por dois mandatos comandou a prefeitura de Realeza (PR), trocava cargos na administração municipal pelo direito de violentar meninas inocentes e indefesas. Em um dos casos, segundo denúncias, Gaievski praticou sexo oral com uma menina de cinco anos. Em rodas de amigos, o delinquente defendido por Gleisi Hoffmann gabava-se dos seus feitos, com direito à exibição de fotos de suas vítimas.

Gleisi também foi cobrada nas redes sociais por seu envolvimento no Petrolão, o maior esquema de corrupção de todos os tempos. Antes posar como paladina da moralidade feminina, de acordo com os internautas, a senadora deveria explicar as muitas acusações de corrupção que pesam contra ela. Ré por corrupção em ação penal que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), Gleisi Helena foi acusada por sete delatores da Operação Lava-Jato de ter recebido propina do esquema criminoso que funcionava na Petrobras.

A senadora também é acusada de se beneficiar de crime imputado ao marido, o ex-ministro Paulo Bernardo da Silva (Planejamento e Comunicações), acusado de chefiar uma quadrilha que roubou R$ 100 milhões de servidores federais e aposentados que recorreram a empréstimos consignados. Gleisi teve várias despesas pagas pelo esquema, inclusive o salário do seu motorista.

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