Petrolão: afundando na Lava-Jato, Gleisi arrola Dilma e Graça Foster como testemunhas de defesa

Acusada de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito do Petrolão, a senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR) é ré no STF em ação penal decorrente da Operação Lava-Jato. Apesar do calvário que só cresce, Gleisi dá mostras que não deseja “cair” sozinha. A parlamentar petista convocou a “companheira” Dilma Rousseff (a quem chamava de “presidenta inocenta”) e a ex-presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, como suas testemunhas de defesa.

Dilma está na temida “lista de Janot”, que reúne quase duzentos políticos envolvidos no maior esquema de corrupção da história da Humanidade, ao passo que Graça Foster comandava a Petrobras quando foi adquirida a Refinaria de Pasadena, no Texas, apelidada de “Ruivinha” por conta da quantidade de ferrugem que tomava conta das instalações.

A refinaria teve preço superfaturado em pelo menos dez vezes e é um dos maiores escândalos do petismo. Por ocasião da estabanada aquisição, Dilma Rousseff era ministra das Minas e Energia e presidente do Conselho de Administração da Petrobras, que autorizou o desastroso negócio. Aliás, foi no rastro de explicações sobre Pasadena que Dilma viu seu castelo político começar a ruir.


Todo réu tem direito à ampla defesa, a exemplo do que garante a Constituição Federal, mas é difícil saber como duas figuras encalacradas em crimes investigados pela Lava-Jato, como Dilma e Graça, poderão auxiliar Gleisi a sair do sufoco. Além de ré pelos crimes acima citados, a senadora paranaense é investigada por três operações da Polícia Federal. Sem contar que seu envolvimento no Petrolão foi confirmado por sete delatores da Lava-Jato.

A senadora também é investigada por ser suposta beneficiária do esquema criminoso desvendado pela Operação Custo Brasil, também da Polícia Federal. O esquema, que segundo as investigações era chefiado pro Paulo Bernardo da Silva (marido de Gleisi), surrupiou mais de R$ 100 milhões de servidores federais e aposentados que recorreram a empréstimos consignados, caindo na armadilha Consist.

Seguindo tal linha de raciocínio, Gleisi Helena poderia convocar como testemunha de defesa Eduardo Gaievski, o pedófilo que a petista levou para a Casa Civil da Presidência na condição de assessor especial, a quem foi delegada a missão de comandar das políticas do governo federal para crianças e adolescentes. Gaievski, que cumpre pena de mais de 100 anos de prisao por incontáveis estupros e abusos de menores e vulneráveis, talvez tenha algo a dizer em favor da “madrinha” Gleisi.

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