FBI confirma inquérito para apurar possível ligação entre Rússia e a campanha de Donald Trump

Diretor do Federal Bureau of Investigation (FBI), James Comey confirmou nesta segunda-feira (20) que órgão (equivalente à Polícia Federal brasileira) está investigando eventuais conexões entre a Rússia e pessoas ligadas à campanha do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

“O FBI está investigando os esforços do governo russo para interferir na eleição presidencial de 2016”, revelou Comey em seu discurso de abertura da primeira audiência no Congresso sobre a possível ingerência de Moscou na campanha eleitoral de 2016 em benefício de Trump.

“E isso inclui investigar a natureza de quaisquer conexões entre indivíduos associados à campanha de Trump e o governo russo e se houve alguma coordenação entre a campanha e os esforços da Rússia”, acrescentou diante do Comitê de Inteligência da Câmara dos Representantes.

Comey reconheceu que o FBI não costuma discutir investigações em curso, mas que foi autorizado pelo Departamento de Justiça a fazê-lo dado o interesse público em relação caso. Segundo o diretor, a investigação também vai verificar se crimes foram cometidos, sem dar mais detalhes.


Trump se manifestou no Twitter antes da audiência desta segunda-feira, acusando os democratas de inventarem conexões entre pessoas ligadas à sua campanha e a Rússia.

“A verdadeira história para qual o Congresso, o FBI e outros deveriam estar olhando é esse vazamento de informações confidenciais. É preciso encontrar o responsável agora!”, escreveu na rede social.

O presidente americano também sugeriu, sem fornecer evidências, que a campanha de sua rival democrata, Hillary Clinton, tinha contato com a Rússia – possibilidade que não foi levantada publicamente pelas autoridades. Investigadores afirmaram acreditar que Moscou tenha hackeado computadores de democratas na tentativa de favorecer a campanha de Trump.

Recentemente, Trump acusou seu antecessor, Barack Obama, de ordenar um grampo telefônico na Trump Tower durante a campanha à Casa Branca no ano passado, mas acabou escancarando sua covardia ao usar o porta-voz da Casa Branca para minimizar as acusações. Na audiência desta segunda-feira, Comey também afirmou não ter informações que sustentem as acusações do republicano, feitas através do Twitter contra a campanha de Hillary Clinton. (Com agências internacionais)

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