Um dia após um extremista avançar com o carro sobre pedestres que caminhavam na Ponte de Westminster, ao lado da sede do Parlamento britânico, em Londres, um homem foi preso nesta quinta-feira (23) após tentar entrar com um veículo em alta velocidade em movimentada rua comercial em Antuérpia, na Bélgica. O motorista, de nacionalidade francesa, foi detido pela polícia.
“Por volta de 11h da manhã de hoje, um veículo entrou na Rua De Meir em alta velocidade, fazendo com que os pedestres tivessem que saltar para longe”, disse um porta-voz da polícia belga durante uma coletiva de imprensa. Medidas adicionais de segurança foram adotadas no centro da cidade belga, acrescentou.
Os investigadores encontraram armamentos dentro do automóvel. “Diferentes armas foram encontrados no porta-malas – armas brancas, um fuzil e um recipiente com um líquido ainda não identificado”, informou comunicado do escritório da Promotoria Federal belga.
As autoridades identificaram o suspeito como Mohamed R., nascido em 8 de maio de 1977, de nacionalidade francesa e residente em França. O primeiro-ministro do país, Charles Michel, disse que o país permanecerá “vigilante”. “Nossos serviços de segurança fizeram um excelente trabalho”, afirmou.
O episódio aconteceu um dia após o “aniversário” de um ano dos ataques ao aeroporto e ao metrô da capital Bruxelas, que deixaram 32 mortos em março de 2016.
Devido ao atentado em Londres, que deixou cinco mortos e quarenta feridos, e aos armamentos encontrados no veículo que seria usado para promover uma tragédia na importante cidade belga, o caso foi encaminhado à Promotoria Federal, responsável por investigações de ataques extremistas.
O incidente em Antuérpia prova que o perigo que ronda o Ocidente não é representado por refugiados de países de maioria muçulmana, como sugere o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mas por aqueles que por motivos diversos acabam aderindo à causa do grupo terrorista “Estado Islâmico”. (Com agências internacionais)