Maduro autoriza compra de 500 mil armas de fogo para reforçar milícia e enfrentar opositores

A Venezuela transformou-se em uma ditadura comunista, sem que governantes ao redor do planeta tomem uma atitude sequer para evitar o sepultamento da democracia no país sul-americano governado pelo tiranete Nicolás Maduro.

Em cerimônia realizada nesta segunda-feira (17) no Palácio de Miraflores, transmitida ao vivo e em caráter obrigatório por todas as emissoras de televisão e rádio venezuelanas, Maduro anunciou a aprovação de um plano elaborado pelo ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, que visa aumentar em 500 mil integrantes a Milícia Bolivariana.

Criada pelo então ditador Hugo Chávez, a milícia tem como meta a “defesa da revolução”, que na verdade é a desculpa dos bolivarianos para manter no país uma ditadura truculenta e refém dos traficantes de drogas.

“Estamos perto da meta de 500 mil milicianos, para alcançar uma grande meta indispensável que nos deixou o comandante Hugo Chávez, de um milhão de milicianos”, declarou Maduro, durante evento em comemoração ao sétimo aniversário do grupo de criminosos oficiais que atacam e matam em nome de um projeto de poder marcado pela delinquência.

“Um fuzil para cada miliciano, estão aprovados os recursos (…) para que hajam milicianos nos campos, universidades, na classe operária, para conseguir um sistema organizado de logística, para garantir a sua dispersão permanente, a habilidade para manejar o sistema de armas, para defender o bairro, o Estado, as costas, os rios, a selva e as cidades. Todo este território tem que ser inexpugnável contra a agressão anti-imperialista”, declarou o insano Nicolás Maduro.


No mesmo discurso, o ditador afirmou que depois do seu antecessor, Hugo Chávez, ele tem sido o mandatário venezuelano mais atacado, mas que até agora ninguém conseguiu intimidá-lo.

“Não me intimidaram, nem me intimidarão jamais. Não é tempo de traição, que cada um se defina se está com a pátria ou contra ela. Não é tempo de traição, é tempo de lealdade”, disse, destacando que está em marcha na Venezuela um projeto de golpe de Estado.

Maduro acusou mais uma vez a oposição de servir aos interesses imperialistas e instou a população a reagir a eventual tentativa de golpe. “Se algum dia amanhecerem com noticias de que a extrema-direita tem pretendido impor alguma forma de golpe de Estado, que saiam a tomar o poder total da República, que não duvidem nem um segundo”, disse.

A desfaçatez que reina na sede do governo venezuelano é tamanha, que o ministro da Defesa negou que as Forças Armadas estejam reprimindo as manifestações da oposição. A fala de Padrino López não durou muito tempo, pois forças militares venezuelanas ocuparam ruas de várias cidades do país dois dias antes do protesto convocado pela oposição para quarta-feira (19).

“Não se pode chamar repressão à ação do Estado orientada a restituir a ordem pública, com perfeito apego ao que está consagrado na Carta Magna e demais instrumentos jurídicos nacionais e internacionais que regem os direitos humanos”, declarou o ministro.

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