Um homem transmitiu ao vivo, por meio do Facebook Live, o assassinato da própria filha, de 11 meses, e depois o seu suicídio, afirmou nesta terça-feira (25) a polícia do país.
O tailandês, identificado como Wuttisan Wongtalay, de 20 anos, usou a ferramenta Facebook Live na tarde de segunda-feira para exibir os enforcamentos em um hotel abandonado na província de Phuket.
De acordo com agências de notícias internacionais, familiares que viram a transmissão avisaram imediatamente a polícia, mas ambos foram encontrados sem vida no hotel. Investigadores tailandeses acreditam que as mortes aconteceram após uma briga entre Wongtalay e sua mulher, mãe do bebê.
A agência de notícias Reuters informou que dois vídeos foram publicados no Facebook, o primeiro às 16h50 e o segundo às 16h57 da segunda-feira, no horário local. As imagens, segundo a Reuters, só foram excluídas pela rede social 24 horas mais tarde, por volta das 17h desta terça-feira.
“Esse é um incidente terrível, e nossos corações estão com a família da vítima. Não há espaço para conteúdos desse tipo do Facebook, e ele foi agora removido”, disse um porta-voz da empresa em nota.
Os dois vídeos, que foram assistidos 112 mil e 258 mil vezes, chegaram a ser replicados no YouTube, mas foram excluídos em cerca de 15 minutos. ‘O YouTube tem políticas claras que ditam o que é aceitável de se publicar, e removemos rapidamente vídeos que quebram tais regras”, afirmou o site.
O Ministério tailandês da Economia Digital afirmou que entrou em contato com o Facebook, nesta terça-feira, para tratar do incidente e que não tem a intenção de processar a rede social. “O Facebook é um provedor de serviço. Eles agiram de acordo com seu protocolo quando enviamos o pedido [para apagar os vídeos]. Eles cooperaram muito bem”, disse à Reuters o porta-voz Somsak Khaosuwan.
O caso ocorreu menos de duas semanas após um homem em Cleveland, nos Estados Unidos, ter assassinado uma pessoa e transmitido o crime também pelo Facebook Live. Uma série de transmissões violentas, incluindo agressões sexuais, tem levado a rede social a buscar maneiras de excluir vídeos como esse de forma mais imediata.
Na última semana, o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, afirmou que a empresa “tem muito trabalho a fazer” em relação a essa questão. (Com agências internacionais)