“Amante” da lista de propinas da Odebrecht, Gleisi diz estar “atônita” com denúncias envolvendo Temer

Nada na vastidão do universo é capaz de superar o cinismo e a face lenhosa da senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR), que repentinamente, no vácuo do JBSgate, transformou-se em um dos pilares da moralidade pública.

Ré por corrupção em ação pena que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), acusada por inúmeros delatores da Operação Lava-Jato de ter recebido propina e com o marido acusado de comandar uma quadrilha que subtraiu mais de R$ 100 milhões de servidores federais e aposentados, a senadora paranaense cometeu a ousadia de balbuciar a seguinte pérola acerca da acusação a Michel Temer:

“O Brasil está atônito com as denúncias envolvendo Temer e outros atores do golpe de 2016. Ontem à noite, após reunião de nossas bancadas no Congresso, me posicionei sobre esse momento”.

Como se ignorasse os problemas que enfrenta na Justiça e a roubalheira sistêmica protagonizada pelo seu partido, o PT, que levou o Brasil à ruína, Gleisi arriscou, na noite da conturbada quarta-feira (17), a permanecer como “papagaio de pirata” ao lado da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), enquanto a comunista manauara aproveitava as câmeras e microfones para atacar o governo o agora enrolado presidente da República.


A senadora petista tem o direito de declarar o que desejar, inclusive que está atônita com as denúncias que constam da delação dos irmãos Wesley e Joesley Batista, donos do grupo JBS, mas não pode esquecer que ela própria Gleisi Helena deixou o Brasil perplexo ao decidir, em 2013, na condição de ministra-chefe da Casa Civil, nomear um um pedófilo conhecido, Eduardo Gaievski, para chefiar as políticas do governo federal para crianças e adolescentes.

Condenado a mais de cem anos de prisão, Gaievski, que só não foi preso no Palácio do Planalto porque alguém lhe avisou que polícia paranaense estava a caminho, sempre contou com o incondicional apoio de Gleisi. Tanto é assim, que até recentemente, mesmo após ser preso e condenado, o monstro da Casa Civil ainda estava filiado ao Partido dos Trabalhadores.

Deixando de lado a hediondez dos crimes praticados pelo pedófilo, que segundo denúncias chegou ao absurdo de praticar sexo oral com uma garota de cinco anos, Gleisi precisa ser alertada para o fato de que, nos depoimentos de delação prestados à Procuradoria-Geral da República (PGR), Joesley Batista afirmou que tratava com o “companheiro” Guido Mantega os valores das propinas que foram distribuídas aos petistas e aos integrantes dos “puxadinhos ideológicos” do partido que já foi comprado a uma organização criminosa.

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