Nova etapa da delação dos donos do grupo do JBS mira Lula, Dilma, Renan, Serra e outros políticos

Para quem gosta de fortes emoções e filmes de ação, ajeite-se na poltrona e prepare-se, pois a sexta-feira, que não será 13, promete muito mais em termos de escândalos de corrupção e outros crimes. Para quem imaginou que as delações dos irmãos Wesley e Joesley Batista, donos do grupo JBS, era o fundo do poço, há muitas outras camadas no subsolo da roubalheira sistêmica.

De acordo com informações de bastidores, na sexta-feira (19) novos desdobramentos das delações dor “irmãos Friboi” prometem chacoalhar ainda mais a combalida a política nacional, com direito a fazer sombra aos efeitos colaterais da colaboração premiada firmada por 77 dirigentes e ex-executivos da Odebecht, ainda a maior empreiteira do País.

A diferença entre a delação da Odebrecht e a da JBS está na forma como os acordos foram negociados, não no poder de destruição de cada uma, que segundo consta são parelhos. Os delatores da empreiteira buscaram o acordo após a prisão de Marcelo Odebrecht e de alguns executivos, ao passo que os irmãos Wesley e Joesley fizeram a negociação em liberdade.


Como ingrediente extra do devastador acordo de colaboração, Jesley Batista pôde gravar de maneira planejada, durante meses e sob a orientação de procuradores da República, os políticos corruptos com os quais convivia nos subterrâneos do poder. Foram monitorados pela Polícia Federal e cairão como castelo de cartas.

Devem ser alcançados pelas delações dos irmãos Batista, como em artilharia de campanha, o alarife Lula, dramaturgo do Petrolão, a ex-presidente Dilma Rousseff, o escorregadio Renan Calheiros, ex-presidente do Senado e líder do PMDB na Casa, e o tucano José Serra, senador por São Paulo e ex-ministro das Relações Exteriores. As delações dos irmãos Batista revelam valores estratosféricos envolvendo políticos citados e outros que ainda não entraram na mira da Operação Lava-Jato.

A se confirmar o esperado tsunami, ficará provada a tese do UCHO.INFO de que no Brasil só é possível fazer política com muito dinheiro, na maioria das vezes recursos de origem duvidosa ou comprovadamente ilícita. Se é que de agora em diante alguém arriscará fazer política com essa fórmula criminosa.

A cúpula do Palácio do Planalto já foi informada do fato, o que também pode ter contribuído para que o presidente Michel Temer mudasse de ideia em relação à renúncia, algo que nas primeiras horas da tarde desta quinta-feira (18) era dado como certo. A estratégia é fazer do próximo capítulo da delação uma ferramenta para conter a debandada de aliados e silenciar a oposição colérica.

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