Lava-Jato: marqueteira entrega caixa 2 de Gleisi Hoffmann, que continua fazendo demagogia esquerdista

Piora cada vez mais a já complicada situação da senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR), que figura nas planilhas de propina da Odebrecht sob o sugestivo codinome “Amante”. Assunto que rendeu constrangimentos familiares à petista que continua acreditando ser o último bastião da moralidade.

No contraponto dessa crença absurda, Gleisi viu desmoronar seu falso moralismo na esteira da delação de Mônica Moura no âmbito da Operação Lava-Jato. Esposa e sócia do marqueteiro João Santana, o predileto dos “companheiros”, Mônica revelou detalhes milionários do caixa 2 da senadora paranaense.

Apesar de afundar continuamente na fétida lama do Petrolão, Gleisi não perde a pose, em especial nas redes sociais. Na página que mantém no Facebook, a petista, que usou milhões de reais de origem suspeita em suas empreitadas eleitorais, agora apresenta-se aos mais humildes como preocupada de ocasião.

Na rede social, a senadora postou a seguinte pérola: “Durante audiência pública que discutia a Reforma Trabalhista, a senadora Gleisi Hoffmann convidou os senadores a iniciarem a reforma tirando regalias, como férias de 60 dias para juízes. Para Gleisi, é inadmissível fazer reforma em cima da classe trabalhadora. ‘Eu topo fazer reforma Trabalhista e da Previdência, mas vamos começar pelo andar de cima, desafiou’”.


Em depoimento aos investigadores da Lava-Jato, os marqueteiro João Santana e Mônica Moura revelam detalhes do suposto caixa 2 na campanha eleitoral da senadora Gleisi Hoffmann à prefeitura de Curitiba, em 2008. Na delação gravada em vídeo, Mônica afirma que acertou direto com Paulo Bernardo da Silva, ex-ministro das gestões petistas e marido de Gleisi, um pagamento total de R$ 6 milhões pelos serviços de marketing eleitoral na campanha da então candidata.

A maior parte do valor, quase R$ 5 milhões, teria sido paga em dinheiro vivo a Mônica Moura, através do caixa 2 da campanha petista. A pedido de Paulo Bernardo, segundo Mônica, apenas R$ 1.375.000,00 foram registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Considerando que as receitas da campanha de Gleisi em 2008 somaram cerca de R$ 6,5 milhões, o montante que teria sido movimentado via caixa 2 (R$ 4.625.000) corresponderia ao mesmo que 71% dos recursos à disposição da petista conforme declaração à Justiça Eleitoral.

Mônica Moura relata ainda que recebia o dinheiro de “várias pessoas”. Ela menciona o próprio Paulo Bernardo, além de uma assessora de confiança de Gleisi, cujo nome ela alega não se lembrar, e o advogado Guilherme Gonçalves, responsável pela área jurídica da campanha.

Além disso, Mônica sustenta que houve “muitos atrasos” nos pagamentos e que reclamava diretamente à Gleisi, já que Paulo Bernardo, então ministro de Lula, não participava do “dia a dia da campanha”. Ao final da maratona eleitoral, uma dívida de quase R$ 1,5 milhão teria sido assumida pelo “companheiro” Antonio Palocci Filho, a pedido de Paulo Bernardo.

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