Atentados em Teerã são fruto das lambanças do apasquinado Donald Trump no Oriente Médio

Homens armados invadiram, nesta quarta-feira (7), o Parlamento iraniano em Teerã, enquanto outro grupo de terroristas realizava ataque simultâneo ao mausoléu do aiatolá Khomeini, a cerca de 20 quilômetros da sede do Legislativo.

Um parlamentar afirmou à emissora Irib que a invasão ao Parlamento foi protagonizada por quatro atiradores armados com fuzis e uma pistola.De acordo com a emissora, um homem-bomba detonou explosivos no local.

A Irib citou um funcionário do mausoléu do líder revolucionário iraniano, afirmando que atiradores abriram fogo no local, onde uma mulher, detonando explosivos, realizou um ataque suicida. Um jardineiro morreu durante a invasão, segundo informações da agência de notícias Isna.

O Ministério de Irã, citado por uma emissora de televisão do país, atribuiu o ataque a grupos terroristas e afirmou que conseguiu evitar um terceiro atentado. “Nesta manhã, dois grupos terroristas atacaram o Parlamento e o mausoléu do imã Khomeini. Membros de um terceiro grupo foram presos antes de realizarem um ataque”, afirmou a emissora.

Mais de três horas após o início dos ataques, a imprensa iraniana informava que o incidente no Parlamento estava encerrado e que quatro terroristas foram mortos no local.


Segundo a imprensa do país, 12 pessoas morreram e 42 ficaram feridas nos dois ataques. Não está claro se os quatro terroristas que realizaram o ataque do Parlamento e os dois suicidas do mausoléu estão incluídos no total de mortos.

O grupo terrorista “Estado Islâmico” (EI) assumiu a responsabilidade pelos dois atentados. A agência de notícias Amaq, ligada ao grupo, afirmou que “combatentes do EI atacaram o templo de Khomeini e Parlamento em Teerã”. Esta é a primeira vez que o EI reivindica a autoria de um ataque em solo iraniano.

Os dois ataques aconteceram horas depois de o estabanado Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, escrever no Twitter sua incursão no mundo árabe “rendeu frutos”, uma clara referência à polêmica decisão dos países do Golfo de romperem relações diplomáticas com o Qatar, acusado pelos governos da região de patrocinar o terrorismo.

Trump é um conhecido indigente intelectual que está a colocar mais combustível nas ações terroristas do Estado Islâmico (EI). Não se pode esquecer que o wahabismo, movimento radical do islamismo sunita, é a corrente religiosa que predomina na Arábia Saudita e que serve de base para as barbáries cometidas pelos “soldados” do EI.

Por outro lado, o Irã é predominantemente sunita, o que pode explicar não apenas os ataques desta quarta-feira, mas a decisão arbitrária liderada por Riad. (Com agências internacionais)

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