Que Donald Trump é um descompensado todos sabem, até porque sua trajetória não deixa dúvidas a respeito. Contudo, sua inteligência rasa o impede de perceber que a fórceps sua questionável administração jamais deixará de ser alvo de críticas.
Trump, que sempre acreditou ser o dono do universo, mas agora na Casa Branca tem certeza disso, trava uma batalha equivocada com muitos setores imprensa, aos quais dedica ataques rasteiros e covardes, algo típico de um milionário bufão que não aceita o contraditório. Em suma, ou concorda-se com Donald Trump ou é melhor se preparar para a pancadaria. E desse octógono da controvérsia o presidente, cedo ou tarde, sairá com alguns “hematomas”.
Em novo ataque contra jornalistas, o presidente dos Estados Unidos chamou de loucos dois apresentadores do programa “Morning Joe”, da rede americana MSNBC. Após críticas ao presidente, Mika Brzezinski e Joe Scarborough foram chamados de “low I.Q. Crazy Mika” (Mika louca de baixo QI) e “Psycho Joe” (Joe maluco).
Em uma rede social, Trump afirmou ter recusado convite para se juntar a Mika e Joe durante o réveillon, em seu resort na Flórida, porque “ela sangrava horrores de um facelift”.
A MSNBC afirmou, em um comunicado, que “é um triste dia para a América quando o presidente gasta seu tempo fazendo bullying, mentindo e vomitando pequenos ataques contra pessoas, em vez de fazer o seu trabalho”.
O deputado republicano Paul Ryan, presidente da Câmara e um dos principais aliados do descontrolado Trump, também criticou os comentários. “Eu não vejo isso como um comentário apropriado”, disse Ryan. O aliado republicano pode não saber, mas talvez Trump se veja nos adjetivos usados para atacar os jornalistas. O que, se confirmado, é caso para o psiquiatra mais próximo do número 1660 da Pennsylvania Avenue.
Por outro lado, em mais um momento de servilismo explícito, a vice-porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, defendeu Trump durante entrevista à FoxNews.
“Eu não acho que o presidente alguma vez foi alguém que é atacado e não revide”. “Este é um presidente que luta contra fogo com fogo e certamente não se deixará ser atacado pela mídia liberal e pelas elites liberais dentro da mídia.”
Questionada pelo âncora Bill Hemmer se era preciso o presidente apelar para linguagem rasteira e marcada pela destemperança, como a usada por Trump contra Mika Brzezinski, a vice-porta-voz respondeu: “Eu penso que o necessário é recuar de ataques desnecessários ao presidente”.
A essência do atual governo dos EUA fica novamente clara nessa afirmação desconexa, pois o jeito estúpido de ser do cidadão Trump não deveria ter se mudado para a Casa Branca. Isto posto, o destampatório de Donald – mais um – mostra que, a continuar assim, com tantas baixarias, o governo americano enfrentará problemas ao longo do caminho.
