Gleisi, a “Amante”, toma posse como presidente do PT com “espírito de luta para defender Lula”, o alarife

Ré por corrupção e lavagem de dinheiro em ação penal decorrente da Operação Lava-Jato, em trâmite no Supremo Tribunal Federal (STF), e mencionada na lista de propinas da Odebrecht sob o sugestivo codinome “Amante”, Gleisi Helena Hoffmann tomou posse oficialmente como presidente do PT, durante evento realizado em Brasília na noite de quarta-feira (5).

Eleita para comandar os “companheiros” com 61% dos votos, Gleisi contou com o incondicional apoio de Lula, réu por corrupção e outros crimes em cinco ações penais. Ou seja, uma radiografia perfeita da pífia e vergonhosa realidade enfrentada pelo PT. Um partido de corruptos comandado por uma ré por corrupção.

Na cerimônia de posse, que contou com participação dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff, vários petistas fizeram discursos contra o presidente Michel Temer e em defesa de eleições diretas ainda em 2017. A defesa das eleições diretas já, por sinal, são outro indicativo do nível de apuro que vive o petismo. O PT sonha em lançar Lula candidato a Presidência antes que ele seja condenado por corrupção em segunda instância e se torne um ficha suja, impedido de disputar as eleições.

Dirigentes petistas e militantes também entoaram cânticos de apoio a Lula. Com cinismo característico, afirmaram que o petista é vítima de perseguição política. Uma mensagem de apoio ao ex-ministro José Dirceu, preso pela Lava-Jato, também por corrupção ativa e passiva, foi lida no evento.


Durante o evento, a ex-presidente Dilma Rousseff, afastada do cargo no vácuo de processo de impeachment, afirmou aos militantes do PT que a história está sendo “severa e implacável” com quem ela chamou de “líderes do golpe”, entre os quais o presidente Michel Temer (PMDB), o senador Aécio Neves (PSDB) e o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Dilma acredita, aparentemente, que a história a absolverá pela mais inacreditável combinação de incompetência e corrupção que foi a marca de seu governo.

Desde 2015, quando Eduardo Cunha, então presidente da Câmara dos Deputados, aceitou o pedido de impeachment de Dilma Vana Rousseff, ela, parlamentares aliados e movimentos sociais passaram a defender a tese insana do “golpe”.

“Sobre o fato de que o impeachment era um golpe, se era especulação, hoje é fato, é fato que houve golpe e o arranjo que sustentou esse golpe caminha a passos largos”, afirmou a ex-presidente.

Em seguida, Gleisi Hoffmann, já como presidente dos petistas, afirmou que assume a legenda com “espírito de luta”. “Para defender o nosso partido, mas principalmente para defender o presidente Lula, não vamos descansar nenhum minuto de fazer a defesa dele. Não pensem que uma sentença de um juiz de primeiro grau vai deixar uma eleição sem Lula. Uma eleição sem lula não é eleição, é fraude”, afirmou.

Gleisi Helena esgrime a tese cínica favorita do PT neste momento. ão importam os crimes de Lula, fazer eleições sem o petista-mor na urna eletrônica é fraude. Assim caminha o partido que prometia fazer uma revolução ética na política e se revelou o partido mais corrupto da história nacional.

apoio_04