Revisão da meta fiscal não alcança consenso no governo e decisão fica para a próxima segunda-feira

Após reunião entre o presidente da República, Michel Temer (PMDB), e integrantes da equipe econômica, a decisão sobre a alteração da meta fiscal de 2018 e de 2018 ficou para a próxima segunda-feira (4). A ideia inicial do governo era alterar a meta fiscal deste ano para déficit de R$ 159 bilhões (atualmente é de R$ 139 bilhões), mas não houve consenso durante o encontro no Palácio do Planalto.

A mudança da meta fiscal é resultado da queda na arrecadação e da má vontade dos deputados federais, que alegaram não haver clima para votar a reforma da Previdência, como se a classe política pudesse fazer exigências diante de tantos escândalos de corrupção e outros crimes.

A justificativa dos parlamentares é que a eventual aprovação da reforma previdenciária causaria impacto nas eleições do próximo ano, comprometendo os planos daqueles que defenderam a medida e tentarão a reeleição.

O Brasil vive a maior crise econômica da sua história, herança maldita deixada pela então presidente Dilma Rousseff, o que exige drástica redução de gastos por parte do governo, mas os políticos encontram disposição para criar um fundo de financiamento eleitoral, alimentado com dinheiro público, no valor de R$ 3,6 bilhões.


Mesmo sendo um tema impopular, a reforma da Previdência é necessária e urgente, pois dentro de alguns poucos anos os pensionistas e aposentados não mais receberão seus benefícios por conta do comprometimento das contas do governo. Ou aceita-se o sacrifício proposto, ou espera-se o País mergulhar em um caos financeiro sem solução no curto prazo. Afinal, a Previdência representa atualmente 45% dos gastos do governo.

É importante que a população acompanhe a questão da reforma da Previdência, dando atenção aos parlamentares que se recusam a votar a matéria, apesar de saberem que não há mais como custear o setor dentro das regras atuais.

Em 2013, o UCHO.INFO passou a alertar os leitores para o perigo que representava a política econômica adotada por Dilma, que ao assumir a Presidência deu continuidade à fanfarronice adotada por Lula, o alarife do Petrolão.

Enquanto as mentiras dos governos petistas (Lula e Dilma) ainda produziam algum efeito, os brasileiros deixaram-se levar pela febre do consumo, movimento que serviu de preâmbulo para a crise atual. Como ressaltamos ao longo dos anos, a conta dessa irresponsabilidade não fecharia e o custo para consertar o estrago seria elevadíssimo. A realidade aí está e ninguém quer aceitá-la.

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