Diante da sede da Petrobras, empresa que ajudou a pilhar, Lula discursa e se compara a Tiradentes

(Ricardo Stuckert – Divulgação)

A corrupção é ato tão vexatório, que em alguns poucos países os políticos corruptos cometem o suicídio diante de câmeras de televisão, como se pedissem desculpas às respectivas famílias e à opinião pública. No Brasil, a barafunda que alguns dizer ser uma nação, a frouxidão das leis e a manipulação da massa ignara da população não apenas impedem esse ato final da vida, como permite aos corruptos um salvo-conduto calcado sobre a mitomania e a desfaçatez.

Em agosto de 2005, o UCHO.INFO afirmou que naquele momento já estava em funcionamento um novo esquema de corrupção para substituir o Mensalão do PT, ressaltando que o então presidente Lula tinha conhecimento do crime que avançava sobre os cofres da Petrobras. A partir daquele momento, em várias edições deste noticioso, afirmamos que Lula não apenas havia consentido com o esquema criminoso arquitetado pelo outrora deputado federal José Janene (PP-PR), mas era um dos beneficiários da roubalheira sistêmica.

Não demorou muito para que alguns jornalistas, que sempre ficam aquém do nosso trabalho de informar, dispararem acusações levianas e covardes ao editor deste portal. O tempo passou e, após nova denúncia, em janeiro de 2009, desta vez ao Ministério Público Federal (MPF), a Operação Lava-Jato mostrou que nossas denúncias estavam no caminho certo. Ou seja, Lula estava envolvido até o pescoço no maior esquema de corrupção da história da Humanidade.

Alvo de sete ações penais e condenado à prisão, em primeira instância, no caso do apartamento triplex no Guarujá, Lula continua usando a dissimulação como forma de preservar o manchado currículo político e eventualmente escapar do cárcere.


Não bastasse responsabilizar a ex-primeira-dama Marisa Letícia, falecida em fevereiro passado, por atos criminosos que ele próprio cometeu, Lula ousou viajar ao Rio de Janeiro nesta terça-feira (3) para participar de protesto diante da sede da Petrobras, a estatal que o ex-metalúrgico ajudou a saqueá-la, ação bandoleira que colocou a petrolífera nacional em situação de penúria financeira.

Em discurso de campanha em frente à sede da Petrobras, no centro da capital fluminense, Lula mais uma vez apelou às comparações esdrúxulas e comparou-se a Tiradentes. Dizendo ser alvo de perseguição, assim como ocorreu com o mártir da Independência, o petista disparou: “Eles mataram a carne, mas não conseguiram matar as ideias libertárias”.

O dramaturgo do Petrolão foi além e disse que transformou-se em “uma ideia assumida por milhões de pessoas”. “O Lula não é mais só o Lula. O Lula é uma ideia assumida por milhões de pessoas”, disse o petista-mor diante de uma claque de aluguel, já que o evento foi promovido por centrais sindicais contrárias à privatização de estatais.

O ex-presidente da República retomou a cantilena embusteira e declarou que resistirá às “mentiras” da Polícia Federal, MPF e da imprensa e retornará, “com o povo trabalhador desse país”, à Presidência em 2018.

Lula fala com base nos resultados de pesquisa Datafolha que o coloca na dianteira da corrida presidencial do próximo ano, com 35% das intenções de voto, mas equece que o próprio instituto revelou que 54% dos brasileiros querem a sua prisão.

Os brasileiros de bem devem estar atentos a essas incursões aparatosas de Lula, que não teve um grama de vergonha ao aceitar discursar diante do prédio da empresa estatal que ele próprio ajudou a arruinar.

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