Preso preventivamente, italiano Cesare Battisti diz à Justiça que iria à Bolívia comprar roupa de couro

(Reginaldo Castro – AFP)

De tanto conviver com petistas, que lhe “salvaram a pele” e conseguiram o status de refugiado político, o terrorista italiano Cesare Battisti adquiriu um dos péssimos hábitos da “companheirada” não combinar a mentira com a devida antecedência.

Detido na quarta-feira (4) em Mato Grosso do Sul, na fronteira entre o Brasil e a Bolívia, Battisti teve a prisão preventiva decretada nesta quinta por tentar deixar o País sem declarar às autoridades brasileiras o valor em dinheiro que portava. Segundo a Polícia Federal, que efetuou a detenção, o terrorista italiano portava US$ 6 mil e € 1,3 mil (montante equivalente a R$ 23 mil).

A prisão preventiva de Cesare Battisti foi decretada pelo juiz federal Odilon de Oliveira durante audiência de custódia por videoconferência realizada nesta quinta-feira. Para o magistrado, “ficou claro que Battisti estava tentando evadir-se do Brasil temendo ser efetivamente extraditado. Considerada a tentativa de fuga nos limites de uma convicção provisória deve ser ela levada em conta também para efeitos da garantia da efetiva aplicação da lei penal”.

Battisti disse ao juiz que atravessaria a fronteira para comprar roupas de couro no lado boliviano. No momento em que o calor começa a derreter tudo o que se encontra abaixo da linha do Equador, Cesare Battisti decide comprar roupas de couro.


Mas essa não foi a única mentira no âmbito dessa epopeia criminosa. Battisti, que viajava com os “camaradas” Vanderlei Lima Silva e Paulo Neto Ferreira de Almeida, informou de chofre que o trio estava decidido a pescar na região de Corumbá. Depois, diante do juiz, mudou a versão e alegou intenção de comprar roupas no território boliviano.

A situação de Cesare Battisti não é das mais tranquilas e tem ingredientes de sobra para piorar sobremaneira. Isso porque o ex-integrante do grupo terrorista italiano “Proletários Armados pelo Comunismo” (PAC) não soube explicar a origem do dinheiro, assim como não ser seu um pino plástico de cor laranja com resquícios de um pó branco. Na condição de refugiado político, Battisti não tem autorização para deixar o País.

A tese de fuga não deve ser descartada, pois os governos da Itália e do Brasil retomaram recentemente as negociações para uma eventual extradição de Cesare Battisti. Diante dos movimentos do governo brasileiro em relação ao caso, Battisti pode ter sido aconselhado a fugir para a Bolívia, onde o presidente cocalero Evo Morales, cacique da esquerda latino-americana, certamente daria guarida ao italiano condenado à prisão perpétua por causa de quatro assassinatos.

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