Abusada, Gleisi comanda encontro petista em que deputado bolivariano dará lições de democracia

(Divulgação)

Nada é maior na política nacional do que a assombrosa desfaçatez que impera no Partido dos Trabalhadores. Não bastasse o envolvimento de muitos “companheiros” no inusitado esquema de corrupção conhecido como Petrolão, petistas reúnem-se neste final de semana, em São Paulo, para discutir meios de reconstruir a legenda.

Com o líder do PT, Lula na mira de sete ações penais por corrupção e crimes correlatos, além de uma condenação à prisão no caso do triplex do Guarujá, querer reconstruir uma legenda que se entregou ao banditismo político é como sonhar em transformar uma organização mafiosa qualquer reunião de monges tibetanos. Não que no PT inexistam pessoas probas, mas, como reza a sabedoria popular, as maçãs podres tomaram conta da cesta.

Na proa desse evento delirante está ninguém menos do que a senadora Gleisi Helena Hoffmann, presidente nacional do partido, citada nas planilhas de propinas das empreiteiras do Petrolão sob o sugestivo codinome “Amante”. Assunto que lhe rendeu constrangimentos vários no seio familiar.

Em vez de se preocupar com a própria defesa, até porque uma das ações penais que responde (por corrupção e lavagem de dinheiro) avança de forma célere no Supremo Tribunal Federal, Gleisi helena que puxar o coro “Lula Presidente com Constituinte”. Ou seja, para emplacar a candidatura de Lula, que depende de combinar com os juízes da Operação Lava-Jato, Gleisi quer prometer a convocação de uma Assembleia Constituinte.


Não há dúvida que a Constituição brasileira é uma colcha de retalhos mal feita, acintosamente desrespeitada pelo seu próprio guardião, o Supremo Tribunal Federal (STF), mas a intenção do PT é, de volta ao poder central, transformar o Brasil em uma continental república comunista.

Para quem acredita ser essa hipótese mera teoria da conspiração do UCHO.INFO, a cúpula petista convidou para participar do evento o deputado constituinte venezuelano Raúl Ordóñez, que narrará aos “camaradas” brasileiros o mais novo golpe do delinquente socialista Nicolás Maduro, que transformou a Venezuela em uma ditadura de fato e de direito.

No momento em que uma organização criminosa travestida de partido político apela a um representante da ditadura venezuelana para dar lições de democracia em terras verde-louras, certamente não há bem intencionados nessa epopeia bandoleira.

Gleisi, que para agradar a “companheirada” deu uma preocupante guinada à esquerda nos últimos meses, deveria imbuir-se de coragem e detalhar a decisão que transformou em assessor especial da Casa Civil um pedófilo condenado a mais de cem anos de prisão. Preso em unidade penitenciária no interior do Paraná, Eduardo Gaievski foi incumbido pela então ministra Gleisi de cuidar dos programas federais destinados a crianças e adolescentes. Tudo no melhor estilo “raposa tomando conta do galinheiro”.

Acostumada a intimidar jornalistas com processos judiciais Brasil afora, apenas porque acredita que críticas não lhe cabem, Gleisi Helena caminha a passos largos na direção de inevitável condenação por corrupção e outros crimes. Atrás das grades – assim espera a maioria dos brasileiros –, a senadora paranaense terá tempo para reordenar o pensamento enquanto experimenta do próprio veneno. Com certeza os servidores federais que foram lesados no escopo da Operação Custo Brasil aplaudirão de maneira exaustiva.

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