Gleisi ignora corrupção do PT e diz que leilão do pré-sal ficou aquém do gasto do governo para se manter

O devaneio da senadora paranaense Gleisi Helena Hoffmann, presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, continua avançando de forma devastadora. Para manter esse ritmo, a parlamentar petista vale-se de tudo, a começar de mentiras e informações distorcidas. Sem contar a constante dissimulação que lhe é peculiar.

Na última sexta-feira (27), Gleisi Helena não perdeu a oportunidade de fazer críticas ao leilão de áreas do pré-sal, assim como às declarações do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para quem o resultado foi “um pouco abaixo do esperado”. Meirelles disse que a arrecadação de R$ 6,15 bilhões, abaixo da expectativa de R$ 7,75 bilhões, era “normal”.

Em postagem na sua conta do Twitter, Gleisi questionou o posicionamento de Meirelles e afirmou que os recursos liberados pelo governo do presidente Michel Temer (PMDB) para garantir o apoio de parlamentares nas votações sobre a denúncia apresentadas pela Procuradoria-Geral da República contra o peemedebista foram superiores ao montante levantado no leilão.

“Um pouco abaixo? Foi inferior ao gasto que vocês tiveram para permanecer no poder. Pré-sal a preço de banana”, escreveu a senadora petista.

“Existem leilões que dão resultado um pouquinho melhor, outros que dão resultado pior. O leilão anterior deu resultado bem melhor do que o esperado, aqueles leilões de hidrelétricas e de petróleo foram melhores em mais de R$ 3 bilhões. Este foi mais de R$ 1 bilhão abaixo do esperado. É normal de leilões, alguns superam estimativa, outros não superam”, afirmou o ministro.


Alvo de ação penal que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção passiva e outros crimes e citada nas planilhas de propina das empreiteiras do Petrolão sob o sugestivo codinome “Amante”, Gleisi Helena age como se nada de errado tivesse ocorrido na era petista, a mais corrupta da história nacional.

Em relação à liberação de emendas parlamentares, a prática foi adotada por Lula e Dilma Rousseff com objetivo idêntico. As mencionadas emendas fazem parte do chamado “orçamento impositivo”, por isso não há como deixar de liberá-las. Ademais, parlamentares da oposição colérica e revanchista também foram beneficiados com a liberação de emendas. O fato de usar as emendas como moeda de troca por certo não é ético, mas é preciso reconhecer que no Brasil é algo comum.

No Brasil poucos políticos têm moral para criticar a “compra” de apoio no Congresso, mas certamente esses não são petistas. Afinal, o PT valeu-se da corrupção sistêmica na Petrobras para manter a base aliada, que de maneira covardemente amestrada votou durante mais de uma década a favor dos governos mais criminosos que se tem notícia.

Ao UCHO.INFO não cabe defender essa ou aquela autoridade, mas, sim, exigir coerência e isonomia por parte dos políticos que ousam criticar os adversários como se fossem oráculos do Senhor. O PT chafurdou na lama da corrupção, mas Gleisi Hoffmann engrossa o movimento orquestrado pelos “companheiros” para tentar salvar a legenda de um possível desaparecimento da cena política verde-loura.

A situação do PT é tão crítica no âmbito da sobrevivência política, que a única esperança do partido está em Lula, o alarife do Petrolão, já condenado à prisão, em decisão de primeira instância, e prestes a tornar-se inelegível.

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