O banco BNP Paribas foi o vencedor do leilão para emprestar R$ 2,9 bilhões ao governo fluminense, que ofereceu como garantia até 50% das ações da Companhia de Águas e Esgoto do Rio de Janeiro (Cedae).
O empréstimo é uma antecipação de receita da privatização da Cedae e faz parte do plano de recuperação firmado pelo estado com o governo federal. Com esse recurso, o governo do Rio de Janeiro pretende colocar em dia os salários atrasados dos servidores.
O BNP Paribas foi o único a apresentar lance e atendeu a todas as credenciais exigidas. O banco propôs um taxa de juros do Certificado de Depósito Interbancário (CDI), taxa cobrada em transferência entre bancos, de 145,7626%.
A presidente da comissão do pregão, Melina Moreira Amato, perguntou se o banco poderia reduzir a proposta, porém a instituição não aceitou. Conforme determina o edital, o custo do empréstimo será pago pelo governo do estado depois de três anos. O leilão foi realizado no auditório anexo do Palácio Guanabara, sede do governo do estado, em Laranjeiras, na zona sul do Rio.
Logo no início da sessão, representantes de servidores apresentaram documentos pedindo participação e tentando impedir a sessão, como um grupo da Cooperativa dos Trabalhadores da Cedae. Durante o leilão, houve manifestação de funcionários da companhia.
O leilão estava marcado para o dia 24, mas acabou adiado duas vezes. A primeira vez para o dia 27 por causa de alterações técnicas no edital. Depois, foi suspenso por uma liminar, derrubada na terça-feira (31) pelo presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), André Fontes, após atender recurso da Procuradoria-Geral do Estado e permitiu a realização do leilão nesta quarta-feira. (Com ABr)