Incoerente, Gleisi Hoffmann aposta em aliança tresloucada do PT com o PMDB de Requião no Paraná

A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, senadora Gleisi Helena Hoffmann, disse em Porto Alegre, na noite de quinta (9), que a possibilidade de o PT fazer uma aliança com o PMDB no seu estado, o Paraná, é “muito grande” e defendeu a análise de “realidades regionais”. Com frases confusas, a senadora petista defendeu a aliança com o PMDB, partido que seria, segundo o próprio PT, o grande beneficiário do suposto “golpe” contra a incompetente Dilma Rousseff.

“No meu estado, o Paraná, o PMDB golpista é o Requião, que não é golpista, que esteve junto com a gente. A possibilidade do PT fazer aliança com o PMDB no Paraná é muito grande e nem por isso vai ser uma aliança com golpista. Porque ele [Requião] não foi golpista. Assim também como a Katia Abreu, que é lá do Tocantins, do PMDB”, disse Gleisi sobre os senadores peemedebistas que foram contra o impeachment de Dilma.

Gleisi foi à capital gaúcha para participar do evento “O RS e o Brasil que o povo quer” junto com a ex-presidente Dilma Rousseff. A parlamentar paranaense tentou explicar a aliança com os “golpistas”. Falou das alianças, mas pediu que a militância, vinda de mais de 50 cidades do Rio Grande do Sul, não considerasse o “tititi” sobre o assunto. “Quando ouvirem esse tititi de aliança com o PMDB e com partido golpista, vocês não levem em consideração isso”, disse Gleisi.


A senadora, porém, defende que o PT faça alianças com partidos de “centro-esquerda”. “Não podemos sair isolados, não desistimos do PCdoB porque lançou Manuela, nem do PDT porque tem o Ciro. Vamos conversar com esses partidos”, disse. “O PCdoB tem legitimidade para lançar candidato a presidente. A Manuela é uma grande companheira, uma grande mulher. Mas tenho certeza que ali na frente estaremos juntos”, afirmou a “Amante” das planilhas de propina das empreiteiras do Petrolão.

A petista paranaense defendeu a candidatura de Lula à Presidência mesmo com a possível condenação do político em segunda instância. Um candidato com um pé na cadeia não preocupa Gleisi, segundo a revista Veja.

“Mesmo que o TRF-4 confirme a sentença de Moro, o Lula será candidato. Não conseguirão impedir. Vou dizer para vocês por que: o registro da candidatura vai ser no dia 13 de agosto, ele pode se registrar mesmo condenado judicialmente [com prazo para embargo e recurso]. Vocês acham que a Justiça brasileira vai ter coragem de tirar o candidato que tem a maior intenção de votos?”, argumentou a presidente do PT com a costumeira desfaçatez.

A plateia pareceu discordar e Gleisi Helena respondeu: “Querem apostar? O Supremo tem vários julgamentos já a respeito de candidatos condenados em segundo grau que tiveram autorização de concorrer a eleições e inclusive ganhando o processo eleitoral. O Supremo não pode rever [decisões anteriores]. Internacionalmente é uma catástrofe para o Brasil [Lula fora da eleição]”, disse.

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