Reforma da Previdência: banditismo político ameaça a aprovação do projeto que o País tanto necessita

Por mais impopular que seja o governo do presidente Michel Temer, condenar a reforma da Previdência é querer inviabilizar a vida dos aposentados e pensionistas do amanhã. De igual modo, ser contra a reforma é passar a mão na cabeça dos servidores públicos, tratados como verdadeiros nababos pelo Estado. Ou seja, a reforma da Previdência trará isonomia de tratamento ao universo de aposentados e pensionistas, além de beneficiar os menos favorecidos.

Vencido esse introito, a reforma da Previdência era, até outro dia, um bicho de sete cabeças para os deputados que integram a base de apoio ao governo Temer. Para a oposição colérica e salivante, a reforma continua sendo pauta para discursos mentirosos e oportunistas.

No caso da chamada base aliada, os empecilhos apresentados aos ocupantes do Palácio do Planalto nada mais eram do que senhas para o alargamento do balcão de negócios, cuja imundice cresceu de forma assustadora na última década.

O que está em jogo é alcançar o equilíbrio das contas públicas e garantir às próximas gerações a possibilidade de receber aposentadorias e pensões. Ou seja, a reforma da Previdência é uma necessidade premente e indiscutível, assunto que os parlamentares não tratam como interesse do País, mas moeda de troca.


Até recentemente, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), dizia que a reforma previdenciária não passaria na Casa, pois o temam é espinhoso demais para os parlamentares que no próximo ano tentarão a reeleição ou sairão em busca de novo cargo eletivo.

Ao emplacar o novo ministro das Cidades, Alexandre Baldy, que está trocando o Podemos pelo enrolado Partido Progressista, Maia mudou o discurso e já admite a aprovação da reforma da Previdência, desde que o projeto sofra alguns ajustes. Em suma, o que era impossível passou a ser viável, como se a parcela pensante dos brasileiros não soubessem da verdade.

É importante que a o quinhão de bem dos brasileiros pressione a classe política de forma ininterrupta, pois a fragilidade do governo de Michel Temer por certo fomentará o banditismo político que varre o País em todos os quadrantes.

Para não ficar atrás, o Senado Federal começa a criar dificuldades em relação à reforma da Previdência para, mais adiante, vender facilidades. Presidente do Senado e do Congresso, o peemedebista cearense Eunício Oliveira já disse que a aprovação da matéria não está garantida. Até o momento em que Temer aceitar a chantagem de quadrilheiros que vivem escondidos atrás de um mandato eletivo. Em um país minimamente sério – não é o caso do Brasil – a maioria dos políticos verde-louros já estaria atrás das grades e com os bens indisponíveis.

apoio_04