Confirmando a expectativa do mercado financeiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu, nesta quarta-feira (6), a taxa básica de juro, a Selic, em meio ponto percentual, para 7% ao ano.
A decisão do Copom foi unânime, o que mostra que a economia nacional ainda enfrenta dificuldades na estrada que leva à retomada do crescimento.
Com a decisão, que viabilizou o décimo corte consecutivo na taxa, a Selic atinge o menor patamar da história. A curva de reduções teve início em outubro de 2016, quando a taxa básica de juro foi reduzida de 14,25% para 14%.
“O conjunto dos indicadores de atividade econômica divulgados desde a última reunião do Copom mostra sinais compatíveis com a recuperação gradual da economia brasileira”, ressalta o comunicado do BC.
“O Comitê julga que o cenário básico para a inflação tem evoluído, em boa medida, conforme o esperado. O comportamento da inflação permanece favorável, com diversas medidas de inflação subjacente em níveis confortáveis ou baixos, inclusive os componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária.”
Analistas econômicos esperam que, em fevereiro de 2018, quando acontecerá a próxima reunião do Copom, ocorra redução de 0,25 ponto porcentual na Selic, levando a taxa ao histórico patamar de 6,75% ao ano.
O Banco Central vem sinalizando há algum tempo o fim do ciclo de redução da taxa básica de juro. Após o BC cortar a Selic quase pela metade, com redução de 6,75 pontos porcentuais ao longo de quatorze meses, o movimento será amainado.
No contraponto, economistas alertam para um cenário que pode não ser tão animador. Isso porque é esperado que a Selic sofra aumento no final do próximo ano, quando a população já terá escolhido o novo presidente da República e, por consequência, a política econômica do quadriênio seguinte.