Ao dizer que não pode reclamar da celeridade da Justiça, Lula mostra que apostava na impunidade

Protagonista do maior esquema de corrupção de todos os tempos, o Petrolão, o petista Lula exibiu um rápido momento de lucidez em meio à polêmica surgida após a definição da data do julgamento de recurso pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). Apesar das muitas críticas por parte da esquerda colérica, desde a informação de que o julgamento ocorrerá em 24 de janeiro próximo, o ex-metalúrgico disse, em São Paulo, não poder reclamar, “porque sempre disse que a Justiça era lenta”.

“Quero saber se meu processo passou à frente dos outros. Mas o que mais quero saber é: qual é o crime”, declarou Lula em evento no instituto que leva o seu nome, de acordo com a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Helena Hoffmann, que também afunda na lama do Petrolão.

A declaração mostra que a lucidez pontual de Lula foi meteórica, pois ele continua abusando da dissimulação ao pregar reiteradamente sua inocência, algo que a Justiça e o Ministério Público Federal já mostraram por meio de provas ser um equívoco do ex-presidente.

Que ninguém acredite nesse repentino “bom-mocismo” de Lula, já que a estratégia criada pelos caros advogados que defendem o petista é apostar na procrastinação como forma de alcançar a prescrição dos muitos crimes cometidos no período mais corrupto do País.


Na verdade, Lula não tem como reclamar da celeridade da Justiça, como ele próprio reconhece, mas a esperada morosidade processual poderia ajudá-lo em seu plano político de concorrer ao Palácio do Planalto em 2018. Afinal, não ser fisgado pela Lei da Ficha Limpa o mantém elegível.

Com a fixação da data do julgamento, a tese da continuidade do golpe cai por terra, pois a 8ª Turma do TRF-4 se reunirá para analisar o recurso apresentado por Lula, não para condená-lo, como querem fazer acreditar os “companheiros”. Mesmo assim, nesta sexta-feira (15), o ex-presidente reuniu-se com a cúpula do PT para discutir a terceira fase do golpe, como se a roubalheira à Petrobras fosse uma invenção.

Gostem ou não os “camaradas”, Lula e sua trupe de advogados na apenas miravam o prazo prescricional na esfera dos crimes imputados ao chefe da quadrilha, mas continuavam acreditando na impunidade.

Em suma, Lula, que endossou o Petrolão e se beneficiou da roubalheira endêmica, quer ser tratado como inimputável, uma espécie de divindade inatingível. Alguém precisa dizer a esse finório senhor que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”. Mas o texto constitucional pode ser substituído pela expressão popular “a casa caiu”.

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