Presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), a senadora paranaense Gleisi Helena Hoffmann é ré por corrupção em ação penal que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), sob a acusação de ter recebido R$ 1 milhão em propina do esquema criminoso que sangrou os cofres da Petrobras durante os governos petistas (Lula e Dilma).
Essa circunstância não inibiu a senadora de, em tom irônico, parabenizar no domingo (7) o juiz Sérgio Moro – responsável na primeira instância da Justiça Federal pelos processos decorrentes da Operação Lava-Jato – e o procurador Deltan Dallagnol pela indenização de R$ 10 bilhões paga pela Petrobras aos “fundos abutres” (acionistas norte-americanos).
“Parabéns, rapazes. Vocês conseguiram”, destaca mensagem publicada nas redes sociais da dirigente petista, que continua gazeteando a tese de que a Lava-Jato provocou danos à Petrobras, quando na verdade a estatal foi vítima do banditismo político do PT e de seus outrora aliados.
“Fato incontestável e de grande relevância que você não vê a grande imprensa noticiar: Petrobras vai pagar de indenização a investidores norte-americanos 6,5 vezes o que recuperou na operação Lava Jato”, criticou Gleisi.
Distraída (sic), a senadora finge ignorar que a bilionária indenização tornou-se necessária para estancar processos judiciais movidos por acionistas prejudicados pelos roubos do PT e seus puxadinhos ideológicos.
Ao que parece, Gleisi Helena cultiva a esdrúxula tese de que a roubalheira identificada pela Lava-Jato deveria ter sido ocultada, como forma de evitar que os acionistas da petrolífera verde-loura tomassem conhecimento dos estratosféricos prejuízos.
Na verdade, Gleisi Hoffmann, que consta das planilhas de propina da Odebrecht sob o sugestivo codinome “Amante”, sabe que sua crítica ao juiz da Lava-Jato é descabida, mas esse discurso utópico é a única tábua de salvação que sobrou ao PT no oceano de corrupção que vem devorando o partido.
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