Chineses estão a um passo de comprar a gigante C&A, afirma revista alemã

A cadeia internacional de roupas C&A está prestes a ser vendida a investidores da China. Citando “fontes internas” não identificadas, a revista alemã “Der Spiegel” noticiou que o acordo entre a família Brenninkmeijer e os compradores estaria praticamente fechado.

Nos últimos anos, a gigante de têxteis tem enfrentado a competição crescente de lojas virtuais, espalhadas na rede mundial de computadores. Além disso, concorrentes como a H&M e a Primark abocanham cada vez mais parcelas do mercado. Na Alemanha, o faturamento da C&A caiu de 3,09 bilhões de euros em 2011 para 2,62 bilhões de euros em 2017.

A tradicional companhia foi fundada na Holanda, em 1841, pelos irmãos Clemens e August Brenninkmeijer. Com capital estimado em mais de 20 bilhões de euros, o clã dos Brenninkmeijer está entre as famílias mais ricas da Europa.


A própria C&A se recusou a comentar a informação, enquanto a Cofra Holding, que administra as participações da família de proprietários vastamente ramificada, respondeu de forma evasiva ao questionamento da Der Spiegel.

“A constante reestruturação da C&A implica também a exploração de caminhos diversos, para também ganhar impulso em mercados emergentes como a China e a arena digital, e pode potencialmente incluir parcerias e outros tipos de investimentos adicionais externas”, informou a holding.

Assim, cada região da C&A sondou possibilidades de expansão com “uma série de parceiros, e continuará a fazê-lo, no contexto da estratégia de transformação”, afirmou a companhia holding sediada em Zug, Suíça.

De acordo com dados da própria empresa, a C&A emprega cerca de 60 mil funcionários e mantém um total de 2 mil filiais na Europa, China, Brasil e México. Em 2014, a empresa foi condenada a multa de 100 mil reais por irregularidades trabalhistas em Goiás. (Com agências internacionais)

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