Enquanto a reforma da Previdência continua empacada, rombo do setor chegou a R$ 268 bilhões em 2017

Por mais que os políticos temam os efeitos da reforma da Previdência nas urnas eleitorais de outubro próximo, o setor (INSS e servidores públicos) atingiu, em 2017, déficit de R$ 268,798 bilhões. As contas do INSS registraram rombo de R$ 182,45 bilhões em 2017, informou nesta segunda-feira (22) a Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda.

Por outro lado, déficit da Previdência dos servidores da União foi de R$ 86,348 bilhões. O rombo do INSS cresceu 21,8%, uma alta de R$ 32,717 bilhões em relação ao verificado em 2016, quando o déficit alcançou a marca de R$ 149,7 bilhões.

De acordo com o secretário de Previdência, Marcelo Caetano, houve aumento de 4,6% na arrecadação do INSS no ano passado, compatível com o crescimento do PIB. Contudo, a despesa previdenciária avançou com mais velocidade, 9,7%, o que explica o rápido aumento do rombo. “O ritmo de crescimento da despesa se mostrou bastante superior à alta na arrecadação”, disse o secretário.

Por enquanto, o governo trabalha com receita previdenciária de R$ 400 bilhões neste ano, mas as despesasdevem ficar em torno dos R$ 600 bilhões. O número não contempla as aposentadorias do regime próprio de servidores da União.


Diante do incontestável crescimento do rombo na Previdência Social, o governo federal tem alertado de forma recorrente deputados e senadores para a importância da aprovação da reforma, o que permitirá conter o avanço desses gastos sobre as demais despesas do Orçamento. A votação da reforma da Previdência está marcada para 19 de fevereiro, mas o governo ainda não tem os 308 votos necessários para a proposta passar na Câmara dos Deputados.

Caso a reforma não seja votada em fevereiro, o projeto ficará para novembro deste ano, quando já terão acontecido as eleições gerais. Isso mostra que os políticos não estão preocupados com o impasse perigoso e ameaçador que se abate sobre a Previdência, mas com a reação dos eleitores.

É importante salientar que a maioria da população já compreendeu a importância de aprovar a reforma da Previdência, que enfrenta a resistência de uma minoria privilegiada, servidores que trabalham pouco, ganham muito e se aposentam cedo. É preciso dar tratamento isonômico na questão das aposentadorias e pensões, pois a Constituição federal é clara ao estabelecer, em seu artigo 5º, que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”.

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Ciente da importância da reforma da Previdência Social, cuja aprovação é primordial para o equilíbrio das contas públicas e para acabar com os privilégios de uma minoria abastada, o UCHO.INFO está veiculando as campanhas publicitárias sem qualquer contrapartida financeira. Tal decisão baseou-se no nosso compromisso de fazer jornalismo sério e de qualidade, levando a cada brasileiro a verdade dos fatos e a melhor informação.

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