Após afirmar que PT não reconhecerá resultado de eleição sem Lula, Gleisi é desautorizada pelo partido

Depois de reanalisar a situação do alarife Lula e decidir amenizar os discursos contra o Judiciário, como forma de não piorar um cenário considerado extremamente difícil, o Partido dos Trabalhadores publicou na página oficial da legenda, nesta segunda-feira (5), texto creditado à senadora Gleisi Helena Hoffmann sinalizando que os “companheiros” não reconhecerá o resultado da corrida presidencial de outubro próximo, caso o ex-metalúrgico não participe da disputa.

“A presidenta nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, sinaliza que o partido não reconhecerá o resultado das eleições se Lula for impedido de candidatar-se à Presidência da República. ‘Sem ela (a candidatura), teremos a ilegitimidade do processo eleitoral e a continuidade da ruptura do pacto democrático que fizemos na Constituição de 1988: voto soberano e eleições livres!”, destaca o texto.

Que Gleisi Helena tem um inesgotável estoque de sandices discursivas todos sabem, quadro que traduz com precisão sua delinquência intelectual, mas beira o suicídio político publicar na página do partido uma declaração tão grotesca e estapafúrdia.

Vivendo um péssimo momento entre os integrantes da cúpula petista, que não mais aprovam as investidas descontroladas da senadora paranaense, Gleisi precisou arrumar uma desculpa esfarrapada para minimizar o estrago. Essa manobra culminou com nova declaração do PT, que afirmou ter sido um engano a publicação do tal texto.


“Trata-se de um comentário do jornalista Esmael Morais, que publica semanalmente artigos da senadora em seu blog. Por um equívoco da produção da página do PT, o comentário do jornalista foi reproduzido como subtítulo do artigo, permitindo interpretar que seria um comentário oficial. Não é. O texto já foi corrigido na página do PT, não é e não representa o pensamento da senadora Gleisi Hoffmann”, informou a assessoria de imprensa da direção nacional do PT.

Não é novidade que o PT defende a democracia desde que o partido esteja no Poder central, agindo de forma ditatorial e comprando o silêncio dos meios de comunicação. Esse pensamento esdrúxulo remete à ditadura bolivariana iniciada por Hugo Chávez e continuada por Nicolás Maduro, que atirou a Venezuela no ralo da crise.

Para aqueles que acompanham a política nacional desde a retomada da democracia sabem que o PT sempre se recusou a aceitar qualquer resultado eleitoral que não fosse favorável ao partido. Tanto é assim, que Lula, quando derrotado em eleições presidenciais, sempre instalou uma bizarrice chamada de “governo paralelo”. Em suma, figura de retórica de um partido que se especializou em banditismo político.

Guindada à presidência do PT para funcionar como para-raios de Lula, catalisando todas as críticas e confusões envolvendo o petista-mor, Gleisi Helena deixa o partido em situação de constrangimento crescente, além de comprometer a defesa do ex-presidente.

A senadora deveria se preocupar não apenas com a ação penal em que é ré por corrupção e lavagem de dinheiro, mas com a falta de coragem para explicar aos brasileiros de bem sua decisão de nomear ao cargo de assessor especial da Casa Civil um pedófilo condenado a mais de cem anos de prisão. Enfim, cada partido tem o dirigente que merece.

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