Rainha da mordomia no Senado, Gleisi sequer fica corada ao criticar Moro por receber auxílio-moradia

Cada vez mais encalacrado em escândalos de todos os naipes, o PT acredita piamente no bordão “faça o que digo, não faça o que faço”. Presidente nacional do partido e inserida nas planilhas de propina da Odebrecht sob o sugestivo e intrigante codinome “Amante”, Gleisi Helena Hoffmann nada viu de errado em sua cínica indignação diante do fato de o juiz Sergio Moro receber o auxílio-moradia, um dos muitos penduricalhos moralmente questionáveis, mas que encontram respaldo na sinuosa Lei Orgânica da Magistratura.

Que o tal auxílio-moradia é um acinte todos sabem, mas a presidente dos petistas é a pessoa menos qualificada para exalar indignação moral em todo o País. Além de estar a um passo de ser condenada por corrupção e lavagem de dinheiro em ação penal que tramita no STF, Gleisi Helena é campeã no uso de mordomias que Senado faculta aos seus privilegiados parlamentares. Um levantamento produzido pelo jornal Gazeta do Povo evidencia o cinismo de Gleisi ao criticar Moro por receber R$ 4,3 mil em auxílio moradia:

“Como parlamentar, Gleisi tem direito a uma série de benefícios, como verba de gabinete, apartamento funcional, passagens aéreas, mais de quatro dezenas de servidores e até dinheiro para mandar cartas (!!!) em plena era da internet.

A petista ocupa um apartamento funcional de 230 metros quadrados em área nobre de Brasília. E mesmo que não quisesse ocupar o imóvel estatal, teria direito a receber auxílio-moradia semelhante ao de Moro.

Além disso, Gleisi gastou R$ 157 mil com passagens aéreas dos R$ 375 mil que recebeu da cota para exercício da atividade parlamentar (o nome pomposo da verba de gabinete) em 2017. O maior gasto, de R$ 34 mil, ocorreu em maio, quando ela disputava a presidência do Partido dos Trabalhadores e viajou em campanha por dez capitais, como Vitória, João Pessoa, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador, Teresina e Cuiabá.


Em algumas dessas cidades, participou também de manifestações de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que respondia a processos na Justiça. Gleisi ficou entre os oito senadores que mais gastaram com passagens de avião. É bom lembrar que o Senado Federal tem 81 senadores.

A petista também gastou R$ 56 mil com Correios, para enviar material impresso a seus eleitores com dinheiro do contribuinte. No seu gabinete, ela conta ainda com 42 servidores, sendo 30 no escritório de apoio no Paraná”.

Gleisi é a “fulanização” da farsa, pois ao mesmo tempo em que defende o obsoleto e embolorado esquerdismo latino-americano – que como a direita regional é movido pelo banditismo político – vive como uma digna e completa representante do capitalismo. Sem estirpe para tal, a senadora paranaense circula Brasil afora como verdadeira “dondoca”, ostentando objetos desejados por nove entre dez consumistas convictos.

Alçada à presidência nacional do PT para atuar deliberadamente como para-raios dos escândalos e polêmicas envolvendo o alarife Lula, a senadora deveria se preocupar com outras questões, não criticar Sérgio Moro de maneira recorrente. A comandante petista deveria, por exemplo, explicar aos brasileiros os motivos que impedem a expulsão de Eduardo Gaievski do partido. Condenado a mais de cem anos de prisão, Gaievski está enjaulado na unidade prisional de Francisco Beltrão, cidade do interior do Paraná.

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