Manobra espúria e covarde para evitar a prisão de Lula avança nos subterrâneos do STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) transformou-se em um disfarçado balcão de negócios, onde a defesa da Constituição Federal é apenas um detalhe. E os integrantes da Corte, ao que parece, não estão preocupados com aquilo que pensa a opinião pública.

Com a confirmação condenação de Lula – e ampliação da pena – pelo Tribunal Regional federal da 4ª Região (TRF-4), os bastidores do Judiciário foram tomados por intensa e repentina movimentação, com o objetivo de salvar o petista-mor da prisão. Isso porque, segundo entendimento do STF, a execução da pena pode ser iniciada após sentença de segundo grau.

Isso posto, cresce nas coxias do Supremo um movimento que visa sacramentar um acordo espúrio que propõe trocar a não decretação da prisão de Lula pela desistência da candidatura do alarife do Petrolão. Ou seja, um acordo vergonhoso e que merece a imediata reação da sociedade.

Não por acaso, o advogado Sepúlveda Pertence, ex-ministro do STF, embarcou na defesa do ex-presidente da República, condenado a 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Pertence, que é amigo de Lula, foi um dos que apadrinharam a indicação da ministra Cármen Lúcia ao STF.


Apenas para recobrar a memória dos leitores, a presidente do STF já disse publicamente que não pretende colocar em julgamento tão cedo a questão da prisão após decisão de segunda instância. Mesmo assim, diante dos recentes arranjos na defesa de Lula, Cármen Lúcia pode mudar de ideia, pois há no âmbito do Judiciário o que se conhece por “despachos auriculares” ou, em linguagem coloquial, “conversa ao pé do ouvido”. Se isso acontecer, o Brasil terá chegado ao fim.

Coincidência ou não, a chegada de Sepúlveda Pertence determinou algumas mudanças de última hora. A defesa de Lula deixou de lado o enfrentamento pífio e vexatório que vinha sendo feito pelo histriônico Cristiano Zanin Martins. Por outro lado, o lançamento da candidatura de Lula à Presidência da República foi inexplicavelmente adiado.

É fato que a inelegibilidade de Lula é um enorme prêmio ao País, mas não se pode aceitar silenciosa e passivamente essa manobra bandoleira que ganha corpo nos subterrâneos do Judiciário para beneficiar o responsável pelo maior esquema de corrupção de todos os tempos. Não se pode esquecer que no STF há pelo menos dois ministros que são capazes de qualquer coisa para evitar a prisão de Lula, no melhor estilo advogado de defesa: Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.

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