Após espetáculo deprimente da esquerda, Câmara aprova decreto da intervenção na segurança do RJ

Que a discussão sobre o decreto que estabelece intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro seria marcada pela verborragia insana da esquerda todos sabiam. Até porque, os esquerdistas precisam cada vez mais de uma tábua de salvação para evitar o encolhimento político.

Mesmo assim, na madrugada desta terça-feira (20), a Câmara dos Deputados aprovou – 340 votos a favor e 72 contra – o decreto que autoriza a intervenção. Após mais de seis horas de discussões e manobras que visavam a obstrução, os parlamentares acataram o parecer favorável da deputada federal Laura Carneiro (MDB-RJ), anunciada pelo presidente Michel Temer na última sexta-feira (16) e já em vigor no território fluminense.

Também nesta terça-feira, o Senado deve realizar, às 18h, sessão deliberativa extraordinária para votar o decreto. Caso o texto que estipula a intervenção seja aprovado pela maioria simples dos senadores presentes, o Congresso Nacional poderá publicar o decreto legislativo referendando a decisão de Temer de intervir na segurança pública do Rio de Janeiro.

Ao abrir a sessão, por volta das 20 horas, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), solicitou aos colegas de Parlamento para que aprovassem a medida.


Ao longo da enfadonha votação, deputados favoráveis e contrários à medida se revezaram na tribuna, mostrando ao País que a prioridade é a ideologia política, não os interesses da população. Para o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), a votação precisava ser adiada para que o governo indicasse a origem dos recursos a serem usados para levar a intervenção a cabo.

“É o momento importante para se fazer um balanço jamais feito das 29 operações de Garantia da Lei e da Ordem ocorridas no país desde 2010. Alguém tem um relatório da eficácia disso?”, questionou o parlamentar do sempre radical PSOL.

Já para o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), a intervenção federal é constitucional e cabe ao Congresso Nacional aprovar ou não a iniciativa do Poder Executivo.

“Lamento que alguns partidos prefiram fazer o discurso hipócrita e de enganação ao povo do meu estado, que já não aguenta mais insegurança em todos os lugares. Nós precisamos urgentemente, no Rio de Janeiro, que a Constituição seja cumprida. Intervenção federal já. E hoje vocês decidem: andar com os bandidos do PCC, do Comando Vermelho e do Terceiro e por aí, ou [aprovarem o decreto]”, defendeu Cavalcante.

A grande questão é que a oposição viu no decreto de intervenção uma oportunidade de recobrar as forças perdidas na esteira dos escândalos de corrupção e da gravíssima crise econômica que abalou o País. Por isso a discussão sobre a matéria foi recheada por discursos descabidos, que mesclaram o inconformismo da esquerda com o impeachment de Dilma Rousseff e discursos rebocados com messianismo de camelô. (Com informações da ABr)

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