Desesperados com intervenção no RJ, petistas usam a costumeira mitomania como tábua de salvação

Desde o anúncio da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, na última sexta-feira (16), partidos de esquerda tentam desqualificar a medida como forma de evitar o pior nas eleições gerais de outubro próximo. Esse desespero encontra explicação no fato de a esquerda ser dependente do crime organizado que produz um cenário de caos explorado exaustivamente a cada eleição.

Como tem afirmado o UCHO.INFO ao longo dos anos, as mazelas da segurança pública não serão solucionadas a toque de caixa, até porque esse é um processo que demanda décadas de dedicação e investimentos na área social. Contudo, é preciso reconhecer que alguma medida precisava ser tomada para conter a assustadora escalada da violência em um dos mais importantes estados da federação.

Enquanto ecoava Brasil afora o pedido de socorro da população fluminense, que não mais consegue conviver com os desmandos do crime organizado, representantes da esquerda nacional, durante votação do decreto de intervenção, no plenário da Câmara dos Deputados, vociferaram as mais absurdas declarações, como se essa corrente ideológica não tivesse levado o Brasil ao buraco.

Entendemos que a democracia se sustenta no equilíbrio de forças opostas, o que justifica a existência da oposição e da situação, mas bom seria se a esquerda brasileira tivesse doses rasas de bom senso e conseguisse pensar nas premências da população, algo que não acontece.

Não se pode esquecer que a falência generalizada do Rio de Janeiro tem a digital do PT e de seus “puxadinhos” ideológicos, pois o partido não apenas se aliou ao desastrado e criminoso governo de Sérgio Cabral Filho (MDB), mas anunciou a adoção em todo o País do modelo das fracassadas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), anúncio feito pela então presidente Dilma Rousseff.

Com o anúncio da intervenção, as eleições de outubro próximo serão pautadas pelo Palácio do Planalto, mais precisamente pelo presidente Michel Temer (MDB), que em termos eleitorais deu uma jogada de mestre, o que não garante a eficácia da intervenção. Esse cenário explica o desespero da esquerda, que de agora em diante terá de reforçar os ataques ao governo.

A segunda-feira (19) caminhava para a madrugada desta terça, quando representantes dos Partido dos Trabalhadores, empunhando os microfones do plenário da Câmara dos Deputados, não conseguiram esconder o desespero esquerdista.

Deputado federal pelo PT gaúcho, Henrique Fontana, do alto da sua conhecida desfaçatez, disse que “o governo está mergulhado em corrupção”. Ao que parece, Fontana já não se recorda que o seu partido foi responsável pelo maior e mais ousado esquema de corrupção de todos os tempos, o Petrolão, cujo comandante foi o alarife Lula, condenado a doze anos e um mês de prisão.

Pivô central do escândalo dos “dólares na cueca”, o petista José Nobre Guimarães – é irmão de José Genoíno – disse ter descoberto o mentor do plano de intervenção. De acordo com o petista cearense, o responsável pela autoria do plano é Wellington Moreira Franco (MDB), ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência. Ora, se José Guimarães tem essa capacidade investigativa, deveria ter descoberto a roubalheira protagonizada por seu partido.


Sempre estridente, a deputada federal gaúcha Maria do Rosário, no afã de adiar a votação do decreto da intervenção, disse que o seu partido defende a verdadeira segurança pública. Até onde se sabe, não há segurança verdadeira ou falso, assim como inexiste mulher meio grávida. Ou é ou não é.

Sobre a declaração canhestra de Maria do Rosário faz-se necessário recordar alguns fatos. Em meados de 2007, o então presidente Lula, dias antes da abertura dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, disse que a capital fluminense e a respectiva região metropolitana teriam à disposição, após o evento esportivo, o melhor sistema de segurança do País. Mas como Lula jamais escreve o que diz, e vice-versa, a dura realidade aí está para ser conferida.

Ainda sobre a fala de Maria do Rosário… Autoridades policiais interceptaram conversa entre dois integrantes do PCC, em que ambos pregavam voto em José Genoino. Maria de Carvalho Felício, a “Petronília”, então mulher de José Márcio Felício, ex-líder do PCC, transmite ao preso José Sérgio dos Santos, o “Shel”, orientação repassada por um líder da organização sobre as eleições de 2002.

“E é pra eleger o Genoíno. E, ser for o caso, ele vai pedir pro pessoal mandar as famílias não irem nas visitas pra votar, entendeu? Ele falou que um dia sem visita não mata ninguém. Ele falou: Fica todo mundo sem visita no dia da eleição pra todo mundo votar pro Genoíno”, disse Petronília ao interlocutor.

“Então, é pra pedir isso. Se, por exemplo, a mulher vai, daí a mãe, a irmã tudo vota pro Genoíno. Se só a mulher que vota, então essa mulher não vai na visita e vota no Genoíno. É pra todo mundo ficar nessa sintonia: Genoíno”, completou a criminosa.

Nos treze anos em que esteve no poder, o PT arruinou o País e deixou estados e municípios à míngua. Esse quadro acabou refletindo também na segurança pública, que com a escassez de investimentos permitiu o avanço do crime organizado.

A sandice discursiva dos petistas é tamanha, que o caos que se instalou na segurança pública do Rio de janeiro é de responsabilidade exclusiva do presidente Michel Temer. Esse é o pensamento do deputado federal Bohn Gass (PT-RS), que prefere ignorar a terra arrasada deixada pelos “companheiros”. Não se trata de colocar o governo Temer no Olimpo, mas de ser justo com a sequência dos fatos. E que ninguém pense que o PT é a salvação da lavoura, como quer o hilário Bohn Gass.

Há uma enorme diferença entre intervenção militar e intervenção federal, mas o deputado Wadih Damous (PT-RJ) prefere abusar da ignorância de ocasião para tentar criar tumulto. Ex-presidente da OAB-RJ, Damous tem capacidade para interpretar textos jurídicos, mas por razões ideológicas e eleitorais prefere confundir uma parcela da opinião pública. A intervenção na segurança pública do Rio de Janeiro é federal, mas tem militares como agentes.

Em suma, apesar dos seguidos ataques de que tem sido alvo, o presidente Michel Temer conseguiu embaralhar a esquerda colérica com a decretação de uma intervenção federal sem planejamento e decidida às pressas. Não há garantia de que a medida produzirá os efeitos esperados pela população fluminense, mas ficou claro que a esquerda está mais perdida e debilitada do que muitos imaginavam.

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