Intervenção no Rio leva esquerdistas ao desespero e escancara amnésia de conveniência dos petistas

Nada é mais nocivo à população do que a desonestidade intelectual de alguns políticos – talvez da extensa maioria –, que apelam ao sensacionalismo barato como forma de ludibriar o cidadão. Com fins eleitorais ou não, a decisão do presidente Michel Temer de intervir na segurança pública do Rio de Janeiro levou a esquerda nacional ao desespero, a começar pelo PT, cujos integrantes estão a despejar sobre a opinião pública discursos tão absurdos quanto mentirosos.

Candidato à Presidência da República, mesmo ciente de sua inelegibilidade, Lula voltou a acionar a verborragia populista, afirmando que a intervenção na segurança do Rio “é um tema que mexe com todos os brasileiros, sobretudo os mais pobres”.

“Tenho uma preocupação porque sei que esse é um tema que mexe com todos os brasileiros, sobretudo os mais pobres”, disse Lula. “Se o Estado não está presente com políticas públicas, não dá certo”, disse Lula.

A legislação brasileira não contempla o crime de opinião, ao mesmo tempo em que a Constituição garante a livre manifestação do pensamento, mas o ex-presidente não pode querer que suas insanas palavras se perpetuem como máxima expressão da verdade.

Foi sob o manto do PT que o crime organizado avançou sorrateiramente sobre o Estado, transformando as grandes cidades do País em redutos de criminosos de todos os naipes. Não obstante, faz-se necessário lembrar que a conivência dos governos petistas com o tráfico de drogas e contrabando de armas nas fronteiras brasileiras ajudou a abastecer o crime organizado.

Em meados de 2007, faltando poucos dias para a abertura oficial dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, Lula afirmou, a reboque do seu conhecido populismo barato, que encerrado o evento esportivo a região metropolitana da capital fluminense teria o melhor e mais eficaz sistema de segurança pública. O tempo passo e a realidade aí está para ser conferida.

Como no PT a ordem é condenar a intervenção no Rio de Janeiro para inviabilizar uma eventual tentativa de Michel Temer de buscar a reeleição, os petistas estão ignorando o passado e cometendo leviandades de todos os matizes.


Senador pelo PT fluminense, o arrogante e descontrolado Lindbergh Farias faz críticas à medida adotada pelo governo, mas ignora que em 2004 ele próprio defendeu a intervenção federal no Rio de Janeiro, não de forma setorizada, mas em toda a administração estadual. Que Lindbergh sofre de amnésia de ocasião ninguém tem dúvida, mas desonestidade intelectual é algo acintoso.

A mesma cantilena revanchista ganha força quando o assunto é mandado coletivo de busca e apreensão. Senador pelo PT pernambucano, Humberto Costa criticou a possível medida judicial, alegando que trata-se de “meter o pé na porta de quem quer que seja”.

“Fala-se, agora, em mandado de busca e apreensão coletivo. O que é isso? É chegar numa rua, numa favela, meter o pé na porta de quem quer que seja para ver o que existe lá dentro. Duvido que façam isso lá no Leblon, em Copacabana, nas áreas de classe média onde se vendem maconha e cocaína no meio da rua. Essa é uma intervenção para atacar os pobres. Se este Governo quisesse combater mesmo o tráfico de drogas, ele não teria reduzido os recursos do Sisfron, não teria paralisado projetos importantes de vigilância sobre as nossas fronteiras em relação aos demais países da América Latina”, disse o messiânico Humberto Costa.

Discurso idêntico adotou a ex-presidente Dilma Rousseff, que poderia poupar o povo brasileiro de suas conhecidas sandices. Disse a ex-presidente: “A iniciativa do governo golpista de promover mandados coletivos de busca, apreensão e captura é uma das mais graves violações aos direitos civis que o Brasil enfrenta desde o fim da ditadura”.

Dilma e Humberto Costa, assim como nove entre dez “companheiros”, sofrem de amnésia de conveniência. Afinal, em março 2014, meses antes da Copa do Mundo, um mandado judicial coletivo foi expedido para ser cumprido nas favelas Nova Holanda e Parque União, no Complexo da Maré (RJ). À época, o Exército também foi chamado a participar de operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Naquele ano, Dilma Rousseff estava presidente da República.

Resumindo, o PT é um partido movido pela desonestidade e que nos últimos anos dedicou-se ao banditismo político, como se no País não existissem leis a serem respeitadas. O plano de perpetuar o partido no poder caiu por terra, impondo à legenda um processo de encolhimento, o que explica o desespero dos “companheiros”.

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