Justiça de Milão afirma que Robinho “desprezou” jovem albanesa vítima de abuso sexual coletivo

A situação do atacante brasileiro Robinho piora com o passar dos dias no âmbito da Justiça da Itália, onde tramita ação penal sobre o estupro de uma jovem albanesa.

A juíza Mariolina Panasiti, da 9ª Seção do Tribunal de Milão, afirmou em relatório divulgado, nesta quinta-feira (22), que Robinho mostrou “desprezo absoluto” pela vítima, abusada sexualmente, em 22 de janeiro de 2013, pelo jogador e outros cinco amigos enquanto estava inconsciente em casa noturna da próspera cidade italiana. Naquele ano, Robinho defendia o Milan.

O jogador foi condenado na primeira instância do Tribunal milanês a 9 anos de prisão por “violência sexual em grupo”. A juíza ressalta em seu relatório que a condenação se deu após “avaliar a personalidade dos perpetradores de abuso”.

Em “conversas interceptadas”, Robinho usou “termos chulos e desdenhosos”, considerados “sinais inequívocos de falta de escrúpulos e quase consciência de uma futura impunidade”.


“Isso levou o acusado até mesmo a rir várias vezes do incidente, destacando assim um absoluto desrespeito pela condição da vítima”, ressaltou a juíza Mariolina Panasiti.

Por meio de seus advogados, Robinho, que joga no clube turco Sivasspor, alega que inexiste qualquer prova de que a vítima não tenha aceitado a relação, nem de que teria ingerido bebida alcoólica.

Em conta na rede social Facebook, a nova equipe de Robinho afirma que o jogador “já se defendeu das acusações, afirmando não ter qualquer participação no episódio”.

A jovem albanesa, que à época dos fatos tinha 22 anos, foi violentada sexualmente pelo grupo no guarda-volumes da boate Sio Café, em Milão, após ter ingerido bebida oferecida pelos acusados e ficar inconsciente.

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