Donald Trump, o falso gênio, oficializa tarifas dos EUA para importações de aço e de alumínio

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quinta-feira (8) a aplicação de tarifas de 25% para as importações de aço e 10% para as de alumínio. Por enquanto, México e Canadá, integrantes do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) ficam isentos, das alíquotas.

“Não adotamos estas ações por escolha, mas por necessidade”, afirmou o destemperado e histriônico Trump em um ato na Casa Branca. A informação é da agência de notícias EFE.

A decisão de Donald Trump é tão irresponsável quanto bizarra, pois pode comprometer a economia global no momento em que liquidez internacional vem permitindo que alguns países afetados duramente pela crise de 2008/2009 saiam do atoleiro.

Desprovido de visão econômica globalizada e órfão de competência para tratar de questões internacionais, o que vem sendo provado nos últimos meses de maneira recorrente, Trump toma decisões absurdas apenas para fazer a alegria de seu eleitorado

Brasil pode contestar

A tarifa adicional de 25% sobre as importações de aço e de 10% sobre as de alumínio adotadas nos EUA pelo governo do presidente Donald Trump preocupam o Brasil, conforme informou no começo deste mês o Ministério do Desenvolvimento, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). De acordo com a pasta, a restrição comercial afetará as exportações brasileiras de ambos os produtos e pode resultar em contestação brasileira nos organismos internacionais.


Em nota oficial, o MDIC informou que o governo brasileiro espera chegar a um acordo com os Estados Unidos para evitar a aplicação das tarifas, mas caso isso não seja possível, o Brasil pode questionar a elevação das tarifas em foros globais. “O governo brasileiro não descarta eventuais ações complementares, no âmbito multilateral e bilateral, para preservar seus interesses nesse caso concreto”, diz a nota.

Claque verde-loura

O Brasil passa por momento de extrema dificuldade, mesclando polarização ideológica e radicalização política, mas a chegada de Trump à Casa Branca acendeu uma onda de intolerância por parte dos adoradores e aduladores do mandatário norte-americano.

A situação é tão absurda, que criticar as atitudes grotescas e descabidas do bilionário republicano é conseguir uma senha para ser alvo de pancadaria na rede mundial de computadores. Até a decisão de taxar a importação de aço e alumínio, Trump era venerado entre os ultradireitistas brasileiros como se fosse a derradeira salvação do planeta.

Muito estranhamente, com a medida em questão afetando diretamente os interesses comerciais do Brasil, o que deve produzir estragos na economia nacional, a claque trompista simplesmente saiu de cena. Talvez porque a turba de intolerantes percebeu que Trump está longe de ser um semideus, pelo contrário.

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