O estilista francês Hubert-James Marcel-Taffin Givenchy, ou simples e genialmente Hubert de Givenchy, morreu aos 91 anos, informou nesta segunda-feira (12) sua família através de comunicado.
“Monsieur De Givenchy morreu enquanto dormia no sábado, 10 de março de 2018. Seus sobrinhos e sobrinhas compartilham a dor. O funeral será realizado na mais estrita intimidade”, afirma a nota.
A família disse ainda que, em vez de receber coroas de flores por sua morte, o estilista “teria preferido uma doação ao Unicef em sua memória”.
Nascido em Beauvais, no oeste da França, em 1927, Givenchy e se mudou para Paris aos 17 anos. Ele começou a carreira trabalhando para Jacques Fath e mais tarde para Robert Piguet e Lucien Lelong, antes ir para a grife de Elsa Schiaparelli. Ele logo se tornaria diretor artístico até criar a marca que leva seu nome 1952.
Givenchy era considerado parte da elite de estilistas de Paris, juntamente com nomes como Christian Dior e Yves Saint Laurent, que redefiniram a moda após a Segunda Guerra Mundial.
A atriz Audrey Hepburn eternizou uma de suas criações, um vestido preto que utilizou no filme “Bonequinha de luxo” (1962), além de vários modelos que usou em “Sabrina” (1954). Em 1957, a atriz foi garota-propaganda do primeiro perfume de Givenchy, “L’interdit”.
Nos Estados Unidos, uma das mais célebres clientes de Givenchy foi a então primeira-dama Jacqueline Kennedy, que usou um vestido do estilista no funeral do marido, John Fitzgerald Kennedy, em 1963.
Após 30 anos à frente da marca, Givenchy vendeu a empresa em 1988 para o grupo francês LVMH (Louis Vuitton-Moet Hennessy), ficando no comando até a aposentadoria, em 1995.
A Maison Givenchy homenageou seu fundador afirmando em comunicado que ele era “uma das maiores personalidades do mundo da alta costura francesa e um cavalheiro que simbolizava o chique e a elegância de Paris durante mais de meio século”.
“Ele revolucionou a moda internacional com os looks estilosos e atemporais que criou para Audrey Hepburn, sua grande amiga e musa por mais de 40 anos. Seu trabalho continua relevante hoje como era naquela época”, afirmou a Givenchy. (Com agências internacionais)