A Presidência da República divulgou nota na noite de quarta-feira (14) para condenar o assassinato da vereadora Marielle Franco, do PSOL do Rio de Janeiro. No texto, o governo afirma que acompanhará a apuração do assassinato da vereadora e acrescenta que o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, colocou a Polícia Federal para auxiliar na apuração do crime.
O governo federal acompanhará toda a apuração do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista que a acompanhava na noite desta quarta-feira, no Rio de Janeiro. O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, falou com o interventor federal no estado, general Walter Braga Netto, e colocou a Polícia Federal à disposição para auxiliar em toda investigação”, diz a íntegra nota.
Marielle foi morta a tiros dentro de um carro na região central do Rio de Janeiro. O motorista também foi assassinado. A assessora de Marielle, Fernanda Chaves, também estava no carro, mas não teria sofrido nenhum tiro, segundo o Corpo de Bombeiros.
Colocar a PF para investigar ou auxiliar na investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco é oportunismo político da pior qualidade, pois não se trata de crime federal. Se o governo insistir na tese, terá de se acostumar com a ideia de fazer o mesmo em todos os assassinatos ocorridos no RJ.
Em nota, o PSOL exigiu apuração imediata dos fatos e exaltou o trabalho da vereadora na área dos direitos humanos. Muito estranhamente, o PSOL não faz o mesmo quando “ilustres desconhecidos” são assassinados por traficantes e integrantes de facções criminosas, aos quais os políticos se rendem para conseguir fazer campanha e não perder eleitores.
Eleita com 46,5 mil votos, a quinta maior votação para vereadora nas eleições de 2016, Marielle Franco estava no primeiro mandato como parlamentar. Oriunda da favela da Maré, zona norte do Rio, Marielle tinha 38 anos, era socióloga, com mestrado em Administração Pública e militava no tema de direitos humanos. (Com ABr)