Trump cancela participação na Cúpula das Américas para ficar nos EUA e monitorar ataque à Síria

(L. Millis – Reuters)

Após ameaçar o governo sírio com a possibilidade de um ataque militar nas próximas horas, o que é esperado pelos especialistas em Oriente Médio, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cancelou à capital peruana, Lima, onde participaria da 8ª edição da Cúpula das Américas.

A porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, disse nesta terça que Trump também cancelou visita oficial à Colômbia, decisão justificada pela necessidade de o republicano permanecer nos EUA para “supervisionar a resposta americana à Síria e monitorar o desenrolar (dos fatos) ao redor do mundo”.

Com a decisão de Trump, pela primeira vez um presidente norte-americano não participará do encontro de chefes de Estado e de governo das Américas. O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, substituirá Trump nos compromissos, inclusive na Cúpula das Américas, que começa na próxima sexta-feira (13).

A viagem marcaria a estreia de Trump na América Latina, onde teria encontros bilaterais com outros presidentes e trataria de temas polêmicos como a crise na Venezuela, o combate à corrupção e as recentes tarifas impostas ao aço e ao alumínio.


Na segunda-feira (9), Donald Trump prometeu decisão rápida sobre a questão síria e afirmou que a Rússia ou qualquer outra nação que fosse responsável pelo provável ataque químico realizado no último sábado na cidade síria de Douma “pagaria o preço”.

A Casa Branca rejeitou as insinuações de que os comentários recentes de Trump sobre a retirada de soldados americanos da Síria teriam aberto espaço para o ataque no país, que deixou mais de 40 mortos, incluindo mulheres e crianças.

Questionado se o presidente russo, Vladimir Putin, tinha alguma responsabilidade sobre o ataque em Douma, Trump afirmou que “ele poderia ter”. “E, se tiver, será muito difícil, muito difícil. Todo mundo pagará o preço. Ele pagará. Todos pagarão”, disse o republicano.

Além do duro comentário de Trump sobre o assunto, os militares americanos parecem estar se posicionando para executar uma ordem de ataque. Um destroier da Marinha americana, o USS Donald Cook, está em deslocamento no Mar Mediterrâneo depois de uma parada no porto de Chipre. (Com agências internacionais)

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