O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou nesta quinta-feira (12) que dispõe de provas sobre o uso de armas químicas no ataque à cidade síria de Douma e de que foram usadas pelo regime do ditador Bashar al-Assad.
“Temos provas de que foram utilizadas armas químicas, no mínimo cloro, e de que foi o regime quem as utilizou”, afirmou Macron à emissora TF1. “Tomaremos decisões no momento oportuno, quando as considerarmos mais úteis e mais eficazes”, acrescentou, ao falar sobre possível ataque com mísseis em represália.
O presidente francês afirmou que uma intervenção deve estar destinada a impedir que Damasco volte a fazer uso de armas químicas e também contribuir para “preparar a Síria de amanhã”, que deve ser dirigida por um governo “que inclua todas as minorias”.
Macron indicou que está em contato diário com seu homólogo americano, Donald Trump, e que mantém contato regular com o presidente russo, Vladimir Putin, aliado do facinoroso presidente sírio.
“Em caso alguma a França permitirá que o conflito se acirre ou que algo coloque em risco a estabilidade da região”, afirmou Emmanuel Macron. “Mas não podemos permitir que regimes que se permitem tudo, em especial o que há de pior em contravenção do direito internacional, ajam.”
Também nesta quinta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que antes ameaçara com o lançamento de mísseis, informou através do Twitter que ‘nunca disse quando” isso ocorreria.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que cerca de 500 pessoas foram atendidas em centros médicos de Douma com sintomas de exposição a agentes químicos e que aproximadamente 70 pessoas que estavam em porões morreram por causa do ataque químico, que teria ocorrido no último sábado.
O Ministério da Defesa da Rússia anunciou nesta quinta-feira que o Exército sírio tomou controle total sobre Douma, que é o último bastião dos rebeldes em Ghouta Oriental, nos arredores de Damasco. (Com agências internacionais)