Com consumo em queda, mercado prevê recuo da inflação e crescimento menor do PIB em 2018

O mercado financeiro reduziu a projeção para o crescimento da economia em 2018. Trata-se da quarta redução consecutiva e consta do Boletim Focus, do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira (23).

De acordo com os economistas das principais instituições financeiras em atividade no País, a estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) passou de 2,76% para 2,75%. Há quatro semanas, a estimativa estava em 2,89%. Para o próximo ano, a expectativa dos analistas econômicos permanece em 3% há doze semanas seguidas.

Por outro lado, a projeção para a inflação subiu, após dez semanas consecutivas de redução. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do País, deve encerrar o corrente ano em 3,49%, contra 3,48% da aposta anterior. A projeção segue abaixo do centro da meta de 4,5%, mas acima do limite inferior de 3%.

Para 2019, o mercado prevê inflação de 4%, ante de 4,07% da estimativa anterior. Mesmo assim, o IPCA projeto está abaixo do centro da meta (4,25%).


A recuperação mais lenta da economia nacional, em velocidade muito aquém da esperada pelas autoridades do governo federal, mostra a extensão do estrago patrocinado pelos governos petistas, em especial pelo de Dilma Vana Rousseff, que conseguiu impor ao País a mais grave crise de sua história.

Diferentemente do que anuncia o governo, a queda da inflação oficial resulta da desaceleração do consumo, algo que tem deixado os empresários e consumidores preocupados. Afinal, a roda da economia pode empacar a qualquer momento por conta da dificuldade que persiste na seara da aprovação de medidas econômicas pelo Congresso Nacional, além da lentidão no combate ao desemprego

Considerando que a economia brasileira depende de forma preponderante do consumo, é impossível sonhar com dias melhores em curto espaço de tempo. Longe da necessidade de ser um especialista, qualquer pessoa é capaz de constatar o cenário econômico atual. Basta conferir as promoções nos supermercados e as campanhas de fidelização lançadas por tais estabelecimentos comerciais.

Para aumentar o nível de preocupação, as taxas de juro ao consumidor nem de longe acompanham a Selic, atualmente em 6,5% ao ano. Com o crédito mais caro por causa do risco de inadimplência, comprar a prazo somente em casos de extrema urgência.

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