Analistas das principais instituições financeiras em atividade no País reduziram a estimativa para o crescimento da economia em 2018. A projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) passou de 2,75% para 2,70%, de acordo com dados divulgados pelo Boletim Focus, do Banco Central (BC).
Na última semana, a projeção ficou estável em 2,75%, após quatro reduções seguidas. Para 2019, a previsão permanece em 3%. Esses números mostram que a economia está diminuindo o ritmo de recuperação, o que explica a queda continuada da inflação. Em suma, o recuo no consumo está comprometendo a retomada da economia.
De acordo com o Boletim Focus, o mercado financeiro manteve a projeção para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em 3,49% para este ano. Para 2019, a estimativa permaneceu em 4,03%.
A projeção segue abaixo do centro da meta de 4,5%, mas acima do limite inferior de 3%. Para 2019, a estimativa para a inflação também está abaixo do centro da meta (4,25%).
Taxa básica de juro
Para alcançar a meta, o banco usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 6,50% ao ano. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, gerando reflexos nos preços, pois taxas de juro mais altas encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação.
Segundo as previsões das instituições financeiras, a Selic encerrará 2018 em 6,25% ao ano e subirá ao longo de 2019, encerrando o período em 8% ao ano. (Com ABr)