Um lance feito a partir de Brasília, em leilão realizado nesta terça-feira (15), arrematou o polêmico apartamento triplex 164-A no condomínio Edifício Solaris, no Guarujá, litoral paulista, que, de acordo com os investigadores da Operação Lava-Jato, foi dado a Lula pela OAS como pagamento de parte de propina em contratos com a Petrobras.
Na hasta realizada pela internet, o imóvel, recebeu apenas uma oferta, igual ao valor mínimo estipulado no edital de venda: de R$ 2,2 milhões. O lance foi confirmado quando
O nome do comprador não foi revelado, mas no site criado exclusivamente para a venda consta que o arrematante identificou-se como Garujapar. Além do valor ofertado, o responsável pelo lance vencedor terá de pagar 5% ao leiloeiro (R$ 110 mil) e arcar com dívida de R$ 47 mil de condomínio.
O arrematante tem prazo de até 72 horas para fazer o pagamento e confirmar a compra. De acordo com a “Marangoni Leilões”, responsável pelo leilão judicial, houve outra oferta no valor R$ 2,2 milhões, mas o lance foi retirado porque foi feito por engano.
O triplex rendeu a Lula, o alarife do Petrolão, uma condenação à prisão (doze anos e um mês) por corrupção e lavagem de dinheiro. A pena está sendo cumprida na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
Enquanto nega ter cometido qualquer crime, Lula não apenas vê sua situação piorar com o passar dos dias, mas aguarda uma nova condenação no âmbito da ação penal que trata de pagamento de propina por meio do Sítio Santa Bárbara, em Atibaia, no interior de São Paulo. Nesse caso, o conjunto probatório é muito mais comprometedor do que o do triplex.
Lula poderia aproveitar o ócio prisional e explicar aos brasileiros de bem como consegue custear uma defesa milionária, já que declarou em juízo receber mensalmente no máximo R$ 30 mil. A maioria dos advogados do ex-presidente é badalada e cobrar honorários estratosféricos, sempre na casa dos sete ou oito dígitos. Algo impossível para quem sobrevive de pensão e aposentadoria. O pior nesse enredo bandoleiro é ter desembolsado uma fortuna para ser condenado e preso.