Condenado por corrupção e exigindo regalias no cárcere, Lula ignora que todos são iguais perante a lei

Reza a Constituição Federal em seu artigo 5º (caput) que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”, mas no Brasil alguns são mais iguais que a extensa maioria. Ex-presidente da República e pivô do escândalo de corrupção conhecido como Petrolão, Lula tem recebido tratamento diferenciado na prisão por conta da importância do cargo que ocupou.

Não se pode negar a importância da Presidência da República, mas Lula deveria ter considerado esse detalhe antes de se envolver em escândalos, com direito a condenação a pena de doze anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.

Por decisão do juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos resultantes da Operação Lava-Jato, Lula está preso em sala de Estado-Maior, devidamente preparada para isso, na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. Pois bem, se todos são iguais perante a lei, o ex-metalúrgico não deveria receber tratamento diferente do concedido a outros presos.


Sempre a fazer exigências, Lula solicitou uma esteira ergométrica para se exercitar na cela em que cumpre pena imposta pela Justiça. Há dias, ao receber o equipamento, Lula reclamou das condições do aparelho, considerado ultrapassado pelo petista. O ex-presidente agora exige uma esteira mais moderna.

O fato de ter permanecido durante oito anos na Presidência da República não faz de Lula um cidadão especial e acima da lei. Ceder à pressão do petista-mor e de sua milionária defesa configura inequívoca ameaça à democracia, uma vez que beira a sandice conceder tantas benesses a um político que participou do maior e mais ousado esquema de corrupção da história da Humanidade.

É preciso que as autoridades que gravitam na órbita da Lava-Jato não se deixem intimidar por Lula e seus asseclas, mostrando ao petista-mor que cumprimento de sentença condenatória não significa temporada em SPA. O ex-presidente sabe que sua situação piora sobremaneira com o passar dos dias, mas recorre à bizarrice para manter-se no noticiário.

Se o tratamento isonômico aos cidadãos é um dos pilares da democracia, não é difícil imaginar se cada um dos mais de 700 mil presos existentes no País começar a fazer exigências como as de Lula. É preciso colocar ordem na casa, antes que seja tarde.

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