O presidente Michel Temer assinou o decreto que determina o uso das forças federais para liberar as rodovias e reabastecer o País com os produtos retidos nas estradas.
Publicado na noite de sexta-feira (25) em edição extra do Diário Oficial da União, o decreto autoriza o emprego das Forças Armadas no contexto da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) até o próximo dia 4 de junho.
Com isso, os militares darão apoio às forças policiais, como a Polícia Militar (PM), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Força Nacional, na liberação das rodovias. Além disso, as Forças Armadas poderão requisitar veículos e levá-los para distribuição dos produtos que carregam, mas isso só será feito caso o dono do caminhão – seja a empresa ou o próprio motorista – caso se recusem a fazê-lo.
“A requisição de bens é um item do menu de opções que o governo tem em qualquer circunstância. Na medida que as coisas não voltarem à normalidade, o governo vai usar o instrumento que tem. A requisição é um ato de posse. Requisita, utiliza e devolve. É uma hipótese. Poderá ser utilizada na medida que for necessária”, disse o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sérgio Etchegoyen, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, horas antes da edição do decreto.
Além de disponibilizar motoristas para o caso de requisição de veículos, as Forças Armadas também podem escoltar caminhões que transportam produtos essenciais, oferecer ao serviço policial caminhões-tanque e outros veículos necessários para o cumprimento da GLO.
A paralisação dos caminhoneiros chegou ao quinto dia neste sábado (26). Mesmo após o acordo, várias estradas continuaram obstruídas, ainda que parcialmente. De acordo com o primeiro balanço do governo sobre a paralisação, pelo menos 132 pontos de manifestação foram desbloqueados nas rodovias. Antes da edição do decreto, o País registrava 519 pontos de bloqueio.
O sábado (26) começou com onze importantes aeroportos sem combustível, sendo que ao menos 40 voos foram cancelados. (Com ABr)