Lava-Jato: STF deve liberar em breve ação contra Gleisi, que enfim acertará as contas com a Justiça

O ex-presidente Luiz Inácio da Silva, o alarife condenado Lula, que já perdeu a liberdade e dificilmente conseguirá registrar sua candidatura ao Palácio do Planalto, corre o risco de, em breve, perder sua “porta-desaforo”, a companheira Gleisi Helena Hoffmann, citada nas planilhas de propina da Odebrecht sob o sugestivo e constrangedor codinome “Amante”.

Decano do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Celso de Mello disse ao jornal “O Estado de S. Paulo” que nos próximos dias liberará para julgamento a ação penal em que Gleisi Helena é ré por corrupção e lavagem de dinheiro. “Estou praticamente concluindo a revisão do voto”, disse o ministro.

Como as provas contra a presidente nacional do Partido dos Trabalhadores são esmagadoras e irrefutáveis, ela a senadora petista não demorará muito para conquistar o mesmo status de Lula, que há quase dois meses vem contemplando o despontar do astro-rei de forma geometricamente distinta.

Considerando o fato de que por conta do malfadado foro especial por prerrogativa de função, o foro privilegiado, Gleisi Hoffmann não poderá se valer de recursos procrastinatórios, a cantilena sobre a alegada inocência há de cessar. Assim como serão interrompidos os discursos descabidos contra o Judiciário, como se até agora o Estado Democrático de Direito tivesse sido violado.


Enquanto reluta em admitir a extrema dificuldade da situação judicial que enfrenta, com direito a condenação à prisão, Gleisi continua abusando da verborragia ensandecida, lançando ao vento absurdos em profusão.

Uma desses utópicos discursos diz respeito à participação de Lula na corrida presidencial de outubro próximo. “Lula vai ganhar a eleição preso”, garante a senadora para um público cada vez menos interessado nas questiúnculas petistas e mais descrente.

Para piorar um cenário que já é considerado ruim, a senadora vem perdendo a capacidade de mobilização, a ponto de não mais prender a atenção da “companheirada”. Ou seja, a presidente dos petista perdeu a “pegada” após a prisão de Lula, de quem, nos últimos meses, tornou-se fantoche ideológico.

Gleisi Helena deveria deixar de lado essas questões político-eleitorais, dedicando parte do seu tempo para esclarecer a decisão absurda que guindou ao cargo de assessor especial da Casa Civil um pedófilo conhecido e condenado a mais de cem anos de prisão por estupro de vulneráveis.

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