Que a conhecida incompetência de Rodrigo Maia (DEM-RJ) não justifica sua chegada à presidência da Câmara dos Deputados todos sabem, mas o parlamentar fluminense parece ter sido contaminado pela irresponsabilidade que transbordou da paralisação dos caminhoneiros.
Ainda acreditando que tem condições de chegar ao Palácio do Planalto para postar-se diante da principal escrivaninha do Executivo, Maia dá mostras de que ter sido eleito deputado federal foi um equívoco dos eleitores do Rio de Janeiro.
Sabedor de como funciona a gestão do orçamento da União, Rodrigo Maia desfaiou o governo ao chamar o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, de “irresponsável” por ter afirmado que seria necessário aumentar impostos para compensar as benesses concedidas aos caminhoneiros. Maia disse que enquanto for presidente da Câmara não haverá aumento de impostos.
Rodrigo Maia é um político pífio que só chegou ao comando da Casa legislativa – é bom que os leitores saibam – porque fez acordo com a bancada do Partido dos Trabalhadores e de outras legendas esquerdistas que funcionam como linhas auxiliares do petismo.
O Brasil ainda não se recuperou totalmente da crise econômica patrocinada pelo PT e enfrenta os efeitos colaterais do déficit fiscal, mas Rodrigo Maia, o inconsequente, quer aumentar ainda mais o rombo oficial. O deputado democrata age dessa maneira porque, de olho na ignorância devastadora de parte da população, faz discursos de encomenda para angariar eleitores.
Durante décadas a fio o Brasil considerado erroneamente “o país do futuro”, mas isso jamais aconteceu. E não será tão cedo que esse status será alcançado, pois a extensa maioria da classe política é não apenas despreparada, para não dizer ignorante, mas delinquente. Afinal, viciou-se no escambo criminoso que acontece diuturnamente no Congresso, onde o proxenetismo político se dá à luz do dia.
Isso posto, não há como alimentar esperanças em relação ao futuro do País quando políticos da estatura de Rodrigo Maia querem dar ordens apenas porque creem integrar a árvore genealógica de Aladim, quando na verdade são herdeiros de Ali Babá.