Em vez de convidar Anitta para o Carnaval, Doria deveria conter fiscais que achacam ambulantes

Ex-prefeito da maior cidade brasileira, São Paulo, o tucano João Agripino da Costa Doria Junior declarou, durante sabatina, que não se considera político profissional, mas um gestor. “Não sou político, eu estou na política”, disse Dora a jornalistas da “Folha de S. Paulo”, do portal UOL e do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT).

Como a Constituição Federal garante a todos os cidadãos o direito à livre manifestação do pensamento, João Doria pode falar o que bem entender, mas falar em gestão é excesso de ousadia. Quem circula pelas ruas da cidade de São Paulo não demora a perceber que o ex-prefeito, agora candidato ao Palácio dos Bandeirantes, é um neófito em gestão pública. A capital paulista está abandonada, provocando crescente indignação entre os munícipes.

Em relação à declaração de que não é político, mas está na política, Doria mais uma vez desdenha a capacidade de raciocínio da população da quarta maior cidade do planeta. Na noite de domingo (10), o tucano anunciou, em sua conta no Twitter, que a cantora Anitta será uma das atrações do Carnaval paulistano de 2019. Na rede social, o ex-alcaide afirmou que a cantora se apresentará na Avenida 23 de Maio.


“Ao lado da minha amiga Anitta, fazendo sucesso no Brasil inteiro”, disse Doria em vídeo. A Secretaria Municipal das Prefeituras Regionais informou que nenhuma atração do Carnaval de 2019 foi confirmada até o momento.

A decisão sobre quem participará do Carnaval paulistano do próximo cabe à administração do também tucano Bruno Covas, não ao candidato do PSDB ao governo de São Paulo. A iniciativa sugere que, apesar de ter renunciado ao mandato de prefeito, Doria continua mantendo seu feudo na prefeitura.

Em vez de se preocupar com as atrações da próxima folia momesca na cidade de São Paulo, João Doria poderia aconselhar o secretário das Prefeituras Regionais, Marcos Penido, para ficar mais atento com os fiscais da prefeitura. No Carnaval deste ano, fiscais municipais arrecadaram mais de R$ 160 mil em propinas exigidas dos ambulantes que trabalharam na Avenida 23 de Maio.

apoio_04